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Desde a última sexta-feira (14), após a assinatura do presidente Sergio Mattarella, está vigente na Itália um decreto que impõe multas às embarcações que atuam no salvamento de migrantes no Mar Mediterrâneo, as quais podem chegar a valores de até 50 mil euros, dependendo do caso.
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A medida foi elaborada pelo ministro do Interior, o polêmico Matteo Salvini, que também é um dos melhores amigos de Jair Bolsonaro no cenário mundial – e também pupilo do líder da extrema direita internacional, o empresário estadunidense Steve Bannon.
O decreto de Salvini reforça os poderes do Ministério do Interior sobre a imigração e visa acabar com as missões de resgate no Mediterrâneo central, razão pela qual as organizações que trabalham nessas missões acusam o governo italiano de querer “criminalizar o salvamento de vidas no mar”.
Por sua parte, o primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, justificou a medida, dizendo que “é preciso estabelecer um comportamento que seja um pouco mais transparente por parte das organizações”.
Vale lembrar que, antes disso, Salvini já havia proibido os navios de resgate de atracar nos portos italianos, medida que causou comoção em todo o continente, especialmente ao ser difundido o caso do Sea Watch 3 e de sua capitã, a bióloga alemã Pia Klemp, que corre o risco de ser presa por resgatar imigrantes no Mediterrâneo.
Segundo dados Organização Internacional para a Migração, 1,9 mil refugiados chegaram à Itália neste 2019, e quase 350 morreram no caminho. Portanto, a taxa de mortalidade para aqueles que tentam cruzar o Mediterrâneo é superior aos 15%.
Com informações do The Guardian.