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A disputa interna dentro do Partido Conservador britânico tem 9 candidatos, mas um deles com um favoritismo cada vez maior. Trata-se de Boris Johnson, que lançou oficialmente sua campanha nesta quarta-feira (12/6) com o slogan “um novo mandato, um novo otimismo, uma nova determinação”.
A nova determinação, segundo ele, é a de concluir o Brexit antes do dia 31 de outubro, que é o prazo estipulado depois do segundo adiamento realizado pela ex-primeira-ministra Theresa May, que é justamente quem Johnson pretende substituir.
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Ex-prefeito de Londres, atual parlamentar e representante da ala mais radical do partido, Johnson é o favorito de Donald Trump e Steve Bannon para ocupar o cargo. Também é conhecido como um dos maiores defensores do Brexit desde o começo, sendo inclusive um dos que impulsou dentro do partido a ideia de realizar o plebiscito, o que acabou acontecendo, em junho de 2016. Sua estratégia agora deve ser a de reforçar o perfil de “o cara do brexit” e garantir que ele é o candidato que não permitirá mais mudanças no cronograma para que o Reino Unido se separe definitivamente da União Europeia.
“Não podemos mais adiar!”, exclamou Johnson, diante de milhares de militantes do partido que encheram o comitê central da sua campanha, em Londres, e que também o escutaram dizer que “depois de três anos de discussões e dois adiamentos, nós temos que fazer o correto. No dia 31 de outubro, vamos estar fora União Europeia. Qualquer cenário diferente disso seria uma derrota”.
Tanta foi a prioridade ao tema que até mesmo quando alfinetou a oposição, ele usou o Brexit como argumento. “Um novo adiamento significará que o Reino Unido acabe sendo governando por Jeremy Corbyn (líder do Partido Trabalhista). Se nós (os conservadores) continuarmos empurrando as datas para frente, daremos um tiro no pé”, considera o candidato, em alusão também a alguns dos seus adversários na luta pela liderança do partido (e também pelo cargo de primeiro-ministro, claro), que demonstram uma postura mais moderada.
A crítica de Johnson a Corbyn também se refere ao fato de que o opositor defende a realização de novas eleições gerais para eleger o primeiro-ministro, tendo em vista o fracasso dos conservadores na negociação do Brexit até agora.
Com informações do The Guardian.