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A filósofa, professora e ativista norte-americana Angela Davis relembrou com indignação do assassinato da ex-vereadora Marielle Franco, durante entrevista concedida ao “Democracy Now”.
Angela mencionou a brasileira quando tratava da perseguição de Donald Trump à deputada muçulmana Ilhan Omar, do Congresso norte-americano. Omar nasceu na Somália e entrou nos EUA como refugiada.
"Nós sofremos o assassinato de uma representante eleita no hemisfério americano, Marielle Franco no Brasil, há pouco mais de um ano. E isso me dói... Ela recebeu ameaças e foi alvo da mesma forma que Ilhan Omar está sendo alvo hoje", declarou Angela Davis.
A apresentadora destacou que uma das pessoas presas acusadas do assassinato de Marielle tem um relacionamento com a família Bolsonaro, “atual presidente de direita do Brasil”.
“Felizmente existe um vasto movimento no Brasil. Sua memória está sendo defendida e o movimento das mulheres negras no Brasil só cresceu depois do assassinato dela. Cabe a nós impedirmos que um conjunto semelhante de circunstâncias se desenrole aqui nos Estados Unidos, defendendo Ilhan Omar”, ressaltou Angela Davis.
Venezuela
A ativista também abordou a questão da Venezuela:
“O aparente golpe (na Venezuela) que está em andamento agora, apoiado, é claro, pelo governo dos EUA, é uma tentativa de aumentar o efeito do movimento para a direita em todo o mundo: Bolsonaro no Brasil, é claro Duterte nas Filipinas, Netanyahu reeleito em Israel”, disse Angela.
Barbara Ransby, historiadora, escritora, ativista, assessora do Movimento para Vidas Negras e uma das organizadoras do movimento das Mulheres Negras em Defesa de Ilhan Omar também participou da entrevista.
Assistam ao vídeo legendado da entrevista: