Escrito en
GLOBAL
el
- Ontem, 7 de abril, completou-se um ano da prisão política de Lula. Atos realizados no exterior, cerca de 16 países, e no Brasil denunciaram o caráter político da ação por sua prisão sem provas e no contexto eleitoral para a presidência da República, em que era o melhor posicionado nas pesquisas.
- Também ontem, 7 de abril, Ruanda relembrou os 25 anos do início de um genocídio que deixou pelo menos 800 mil pessoas mortas em 100 dias. No dia de ontem, o presidente Paul Kagame acendeu a chama da lembrança no Memorial do Genocídio em Kigali. No memorial estão enterradas mais de 250 mil vítimas. Ele também presidiu cerimônia no Estádio Nacional Amahoro (paz), local usado pela ONU para proteger milhares de ruandenses da etnia tutsi do genocídio. As atividades deram início a 100 dias de luto no país.
- O premiê israelense, B. Netanyahu, em véspera das eleições no país (amanhã, 9), se pronunciou sobre anexação de partes da Cisjordânia, território palestino. Ele disse no sábado (6) que prevê anexar partes da Cisjordânia caso vença as eleições. Com a colonização da Cisjordânia, promovida principalmente pelo premiê, hoje há cerca de 400 mil israelenses vivendo por lá. Sua ocupação definitiva poderia inviabilizar de vez a solução de dois Estados, palestino e israelense, coexistindo. Por enquanto, da comunidade internacional, quem mais duramente criticou as declarações foi o governo turco.
- Aumentou a tensão na Líbia. Ontem (7) houve um bombardeio na capital Trípoli. O país vive um cenário de confronto entre facções e milícias pelo controle do país desde a derrubada de Muammar Gaddafi em 2011. Existem pelo menos dois governos, um é reconhecido pela ONU e está baseado em Trípoli. Outro, com sede no leste do país, é o da milícia denominada Exército Nacional Líbio e tem avançado desde quinta (4) para Trípoli com a deliberação de derrubar o governo. Três cidades ao redor de Trípoli já foram capturadas e eles alegam ter também o aeroporto. Há uma conferência de paz marcada para a cidade líbia de Ghadames marcada para os próximos dias 14 a 16 de abril. Khalifa Haftar, o general que avança para tomar Trípoli tem 75 anos e é um antigo oficial do exército do então presidente Gaddafi. Ele já controla poços de petróleo no sul do país.
- Theresa May, a primeira-ministra do Reino Unido, afirmou ontem (7) que só vê uma saída para que o Brexit não seja definitivamente frustrado, negociar com a oposição, ou seja, com o Partido Trabalhista liderado por Jeremy Corbyn. As pressões internas feitas sobre ela agora também têm origem entre aqueles que querem evitar uma prorrogação tão longa do Brexit que obrigue o país a participar das eleições europeias de maio.
- O sábado (6) foi dia de manifestações em Caracas. Tanto de partidários do governo Maduro, como de defensores do autoproclamado Guaidó. O governo de Maduro tenta reativar o “Mecanismo de Montevideo” como a iniciativa internacional mais factível para debelar a crise.
- Pelo 21º sábado consecutivo os Coletes Amarelos saíram às ruas na França. Já são cinco meses de mobilizações. O último sábado viu a mobilização mais fraca em termos de número de pessoas, cerca de 20 mil, desde o início do movimento.
- Na África do Sul, terminou ontem (7) o congresso de criação de um novo partido. Trata se do Partido Socialista Revolucionário dos Trabalhadores (SRWP), com a participação de mais de mil pessoas. O partido é fruto de uma dissidência do Congresso Nacional Africano (ANC), a União Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos (NUMSA) que em 2017 organizou a Federação de Sindicatos da África do Sul (SAFTU) com mais de 700 mil membros e que, recentemente, organizou uma das maiores greves da história recente do país.
- As cortinas da sala que abriga o Conselho de Segurança da ONU, em Nova Iorque, foram abertas pela primeira vez na semana passada desde 1964, quando houve um ataque de bazuca contra o prédio da ONU, enquanto Che Guevara discursava na Assembleia Geral, então ministro da Indústria de Cuba. A abertura se deu no contexto do início da presidência alemã do conselho ao longo do mês de abril. No Twitter, a missão alemã na ONU escreveu: “Transparência e maior abertura para membros e sociedade civil são cruciais não apenas simbolicamente, mas como uma prática de credibilidade e legitimidade”.
- Uma militar brasileira, Marcia Andrade Braga, oficial da Marinha do Brasil, recebeu das mãos do secretário-geral da ONU, Antônio Guterres, o Prêmio de Defensora Militar do Gênero das Nações Unidas. Ela participa da MINUSCA (missão de paz da ONU na República Centro-Africana). A entrega foi no último 29 de março na sede da ONU em Nova Iorque. No mesmo evento, o ministro da Defesa do Brasil, Fernando Azevedo e Silva, deu garantias da extensão da vigência do Plano Nacional de Ação sobre Mulheres, Paz e Segurança, do governo brasileiro. O plano se insere no contexto da resolução 1325 (2000) do Conselho de Segurança da ONU, que inaugurou a agenda de mulheres, paz e segurança com vistas a garantir a plena participação de mulheres em processos de paz.