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Por Pedro Moreira, de Jerusalém, especial para a Fórum
Jair Bolsonaro (PSL) condecorou, nesta segunda-feira (1º), os brigadistas israelenses que estiveram em Brumadinho para ajudar nas buscar pelas vítimas do rompimento da barragem de rejeitos da mineradora Vale, comparando o trabalho deles no crime da mineradora ao que ele desenvolveu como capitão do Exército.
Em seu discurso, Bolsonaro explicou que horas após a tragédia, recebeu um telefonema do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu oferecendo a ajuda na busca dos desaparecidos. “Agradeci, aceitei e imediatamente os senhores foram para lá.”
Bolsonaro voltou a contar um episódio da própria vida, quando participou, como mergulhador, do resgate de corpos de um ônibus que caiu em uma represa. “O trabalho de vocês foi muito semelhante daquele humildemente prestado por mim no passado. Confortar os familiares ao encontrar um ente que havia perdido a vida.”
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E agradeceu, mais uma vez, a equipe. “O trabalho dos senhores foi excepcional. Fez com que nossos laços de amizade de há muito se fortalecessem. Nós, brasileiros nunca esqueceremos o apoio e a ajuda humanitária de vocês por parte de todos de vocês.”
E encerrou dizendo muito obrigado em hebraico, que se pronuncia toda rabá.
A homenagem foi entregue à Brigada de Resgate e Salvamento do Comando da Frente Interna de Israel, da qual fazem parte os brigadistas do grupo de 133 pessoas, entre homens e mulheres, que chegaram à cidade mineira três dias após a tragédia, ocorrida em 25 de janeiro. No grupo, haviam militares de campo, além de outros profissionais e especialistas.
Cruzeiro do Sul
A unidade militar foi condecorada com a Insígnia da Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul, a mais alta condecoração brasileira atribuída a cidadãos estrangeiros.
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A missão foi chamada pelas autoridades israelenses de assistência humanitária Escudo de Ferro. Na cerimônia da entrega, o mestre de cerimônia explicou que o evento foi organizado após um pedido pessoal do Presidente.
O comandante da brigada, General Tamir Yadai, disse que na tradição judaica, a honra e o respeito que se dão a um morto os obriga a parar e fazer tudo em respeito a ele, mesmo que não esteja diante dele.
Na cerimônia, realizada em uma instalação militar próxima da cidade de Ramla, a cerca de 30 km ao sul de Jerusalém, foi exibido um vídeo com passagens da equipe por Brumadinho. Em um trecho, os socorristas localizam e resgatam um corpo com o uso de rastreadores de sinal de celular.
O vídeo se encerra com brasileiros, entre civis e brigadistas, agradecendo aos israelenses em português e em hebraico.
Em dois dias de permanência na área do rompimento, os israelenses ajudaram a localizar 35 corpos.
Esse foi o segundo compromisso de Jair Bolsonaro no dia. Mais cedo, o Presidente visitou a Unidade de Contra-Terrorismo da Polícia israelense, como parte da visita oficial à Israel. A imprensa não foi autorizada a acompanhar esse item da agenda .