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Por Pedro Moreira, de Jerusalém, especial para a Fórum
O Presidente Jair Bolsonaro esteve, nesta segunda-feira (1°) na Igreja do Santo Sepulcro, na cidade antiga de Jerusalém. A Igreja milenar foi construída no local em que a tradição cristã acredita que Jesus tenha vívido seu último martírio, com a crucificação, morte e ressurreição.
A comitiva foi recebida pelos representante da Igreja Católica Ortodoxa Grega, da Igreja Católica Romana e da Igreja Apostólica Armênia, que dividem a administração do local sagrado.
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O Santo Sepulcro fica na cidade antiga de Jerusalém, que por sua vez, está na porção Oriental da cidade. Área considerada ocupada ilegalmente por Israel por resoluções da ONU.
A cidade antiga, uma área de cerca de 3 km2 cercada por uma muralha, abriga os locais sagrados das três maiores religiões monoteístas: Judaísmo, Cristianismo e Islamismo.
Pelo plano de partilha da Palestina aprovado na ONU em 1947, que previa a criação do Estado de Israel e do Estado da Palestina, a cidade antiga permaneceria fora dos limites dos dois países, sendo administrada por uma força internacional.
Como o Estado palestino não foi criado, esse pequeno pedaço de terra ficou sob a administração da Jordânia, até 1967, quando foi ocupada pelas tropas israelenses durante a Guerra dos Seis Dias.
Conforme a agência EFE noticiou no sábado (30), a integrante do Comitê Executivo da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) Hanan Ashrawi classificou como "totalmente inaceitável" a inclusão de Jerusalém Oriental na agenda da visita oficial de Bolsonaro a Israel.
Ainda segundo a EFE, Ashrawi afirmou que "Jerusalém Oriental é território palestino ocupado", condenando especialmente o fato de o gabinete de Bolsonaro mencionar sua visita ao Santo Sepulcro como parte da sua estadia em Israel.
Oficialmente, o Brasil não reconhece a soberania israelense sobre Jerusalém Oriental e Cisjordânia, territórios ocupados desde a Guerra dos Seis Dias, em 1967.