Liverpool rejeita hospedagem em hotel acusado de violar leis trabalhistas

Em outubro, um diretor do Liverpool afirmou que o clube tem valores socialistas

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O hotel oferecido pela Fifa para o Liverpool, Marsa Malaz Kempinski, foi rejeitado pelo clube inglês por denúncias de violação de leis trabalhistas. Em outubro, um diretor do clube afirmou que o sucesso do time “se baseia em socialismo”. A equipe enfrenta o Flamengo na final do Mundial de Clubes da Fifa neste sábado (21). A decisão do Liverpool, que chegou no Qatar por volta do dia 18 de dezembro, foi revelada ainda em novembro pelo The Atlantic. Segundo o portal, o clube se baseou em reportagem publicada pelo The Guardian em 2018 para recusar a oferta. O jornal britânico revelou que os migrantes que trabalhavam no Marsa ganhavam menos que o salário mínimo local e que leis trabalhistas eram violadas. A situação mais crítica era a de segurança, que trabalhariam em turnos de 12 horas em temperaturas de 45 ° C recebendo menos de 8 libras por dia. A direção do hotel negou as acusações, mas a Fifa atendeu ao pedido do clube e providenciou outra hospedagem para os Reds. Sucesso socialista Em entrevista a Diego Torres, do El País, em outubro, o diretor executivo do Liverpool, Peter Moore, fez uma análise sobre o histórico da equipe e disse que o sucesso do time tem a ver com valores socialistas que se relacionam com a base operária da cidade que dá nome ao clube e com o histórico técnico Bill Shankly, que era socialista. "Liverpool é uma cidade socialista, de tradição operária, muito unida ao porto. Já foi o porto mais movimentado do planeta. Isso mudou, mas permanece, até certo ponto, o sentido da unidade e da insularidade”, disse Moore.

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