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Reconhecido como um dos países centrais na elaboração do Acordo de Paris na COP-21, em 2015, o Brasil passa por um momento bem ruim em matéria de diplomacia ambiental após a chegada do presidente Jair Bolsonaro ao comando. Criticado pelo aumento das queimadas e pelas postura anti aquecimento global, o país levou para casa o insólito troféu "Fóssil Colossal" na COP-25, encerrada nesta sexta-feira (13) em Madri.
"O prêmio foi dado ao Brasil porque o país deixou de ser referência na COP", disse à TV Globo o ativista Kevin Buckland, porta-voz da Rede Internacional de Ação Climática (CAN), responsável pela "premiação". "Nos últimos anos ele teve um trabalho excelente na redução de suas emissões, mas agora vemos surgir violações nos direitos humanos e a destruição em massa da floresta Amazônica", completou.
As razões para o reconhecimento negativo foram publicadas no Twitter da CAN: "Culpar ambientalistas pelas queimadas na Amazônia; vetar menção aos Direitos Humanos no artigo 6.4 e usar os antigos créditos de Kyoto; E se opor ao uso da expressão Emergência Climática no texto final da COP".
A indígena Jaciara Borari, representante do povo Borari de Alter do Chão (PA), foi quem recebeu o troféu e lamentou que o país seja lembrado dessa maneira. "Eu recebi este prêmio com tristeza. A gente está aqui para falar do aumento do desmatamento, da liberação de mais de 400 agrotóxicos, enquanto a gente poderia estar aqui falando do quanto de diversidade a gente tem", disse ao G1.
O Brasil foi acusado de estar atuando junto dos Estados Unidos, da Austrália e da Arábia Saudita com o objetivo de frear os avanços na COP-25 depois de anos atuando como promotor de esforços coletivos para a proteção do meio ambiente. O ministro de Meio Ambiente da Costa Rica, Carlos Rodriguez, considerou "inaceitável" a postura desses países, dizendo que trataram de colocar em primeiro lugar questões econômicas.
Com informações do G1
https://twitter.com/CANIntl/status/1205548402907451392