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Alinhado ao seu país de origem, o Facebook, que controla também o Instagram, retirou, na noite desta quarta-feira (23), o selo de verificado das contas do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, em ambas as redes sociais. O selo azul serve para confirmar a identidade de contas de pessoas públicas, famosas ou grandes empresas.
A atitude da empresa de Mark Zuckerberg veio poucas horas após Maduro anunciar o rompimento das relações diplomáticas e econômicas com os Estados Unidos e determinar a expulsão do corpo diplomático norte-americano da Venezuela.
O anúncio de Maduro foi feito em meio à tentativa de golpe, apoiada pelos Estados Unidos, no país. Mais cedo, o líder opositor venezuelano Juan Guaidó, durante um comício em Caracas, se autoproclamou chefe do Executivo do país e ganhou o reconhecimento, além dos Estados Unidos, do Brasil, Colômbia e da Organização dos Estados Americanos (OEA).
Foi a tentativa de golpe que levou Maduro a romper as relações diplomáticas com os EUA. No anúncio, feito em meio a uma multidão de apoiadores, o presidente garantiu que resistirá e não deixará o poder. O reconhecimento ao seu mandato foi endossado, após o levante de hoje, pelos governos do México, Rússia e Bolívia.
O Facebook, por sua vez, ao mesmo tempo que tirou o selo de verificação de Maduro de suas contas, cedeu o selo ao opositor Juan Guiadó, que se autoproclamou presidente em um gesto que tem apenas validade simbólica.
O Twitter, que não pertence ao Facebook, manteve o selo de verificação da conta de Maduro.