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Em artigo no jornal Gazeta do Povo, publicado nesta segunda-feira (27), o futuro ministro de Relações Exteriores, Ernesto Araújo, tem um novo surto, ataca instituições - inclusive a ONU, onde "é impossível traduzir palavras como amor, fé e patriotismo" - e diz que o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL) lhe confiou a missão de "libertar o Itamaraty".
"Bolsonaro me confiou: “libertar o Itamaraty”, como disse em seu pronunciamento na noite da vitória. Mas você sabe em que consiste a ideologia que diz ser preciso eliminar? Você diz que é contra a ideologia, mas, quando eu digo que sou contra o marxismo em todas as suas formas, você reclama. Quando me posiciono, por exemplo, contra a ideologia de gênero, contra o materialismo, contra o cerceamento da liberdade de pensar e falar, você me chama de maluco. Mas, se isso não é o marxismo, com estes e outros de seus muitos desdobramentos, então qual é a ideologia que você quer extirpar da política externa? “A ideologia do PT”, você me dirá. E a ideologia do PT acaso não é o marxismo?", relata o chanceler.
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Segundo Araújo, o "marxismo" teria, há muito tempo, deixado de buscar o controle dos meios de produção e passou a controlar os "meios de produção intelectual – fundamentalmente, os meios de produção do discurso público: mídia e academia".
"Quem controla o discurso público, nos jornais e universidades, controla a vida social de maneira muito mais eficiente do que a obtida pelo controle das fábricas ou fazendas".
O chanceler ainda diz que as mudanças climáticas são parte desta "ideologia do PT, ou seja, do marxismo, que ainda estão muito presentes no Itamaraty".
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"O alarmismo climático (sobre o qual falarei em outra oportunidade), o terceiro-mundismo automático e outros arranjos falsamente anti-hegemônicos, a adesão às pautas abortistas e anticristãs nos foros multilaterais, a destruição da identidade dos povos por meio da imigração ilimitada, a transferência brutal de poder econômico em favor de países não democráticos e marxistas, a suavização no tratamento dado à ditadura venezuelana, tudo isso são elementos da “ideologia do PT”, ou seja, do marxismo, que ainda estão muito presentes no Itamaraty", afirma.
Criticando duramente o posicionando da política externa brasileira - que seria, segundo ele, "uma região fechado ao mandato popular, um Estado dentro do Estado -, Araújo diz que vai cumprir as ordens do capitão da reserva no Itamaraty.
"Você é contra a ideologia? Então é preciso alguém que entenda de ideologia. Para curar uma doença, não basta dizer que a detestamos, é preciso conhecer suas causas e manifestações, suas estratégias e seus disfarces", finaliza o chanceler de Bolsonaro.
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