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Uma carta denunciando as "ameças explícitas à biodiversidade brasileira" pelo política do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), será distribuída às delegações que participam da Conferência das Nações Unidas sobre a Biodiviersidade (COP14) que começa nesta terça-feira (13) em Sharm El Sheikh, no Egito.
"Há ameaças explícitas à biodiversidade brasileira e à política ambiental, tais como: a possibilidade de subordinação do Ministério Meio Ambiente ao Ministério da Agricultura; a retirada do Brasil do Acordo de Paris; a exploração dos recursos naturais da Amazônia em parceria ou diretamente pelos setores privados, com preferência pelos Estados Unidos da América; a recusa à demarcação de terras indígenas, à titulação de territórios de comunidades quilombolas e tradicionais; a negação da reforma agrária; o afrouxamento da lei de agrotóxicos, dentre outras medidas em favor do avanço da fronteira agrícola e da indústria extrativista", diz o documento assinado por 18 entidades ligadas à agroecologia e à defesa dos direitos humanos, de populações tradicionais e à reforma agrária.
Segundos os ativistas, a vitória de Bolsonaro nas eleições ameaça ainda os direitos humanos, a liberdade de expressão, o direito à diversidade, o protesto e à livre organização política.
"De acordo com posicionamentos do presidente eleito, Jair Bolsonaro, há riscos graves de criminalização dos movimentos sociais, com a inclusão destes no rol de organizações terroristas, assim como a menção de “acabar com toda forma de ativismo” e perseguição a adversários políticos, além das reiteradas manifestações em menosprezo das minorias. Tais posicionamentos vêm incitando manifestações de ódio e intolerância na sociedade civil, protagonizada por muitos de seus
apoiadores".
A carta é assinada pela Articulação Nacional de Agroecologia, AS-PTA Agricultura Familiar e Agroecologia, Associação Brasileira de Agroecologia, Coletivo Cidade Que Queremos - Porto Alegre, Centro Ecológico, Conselho Nacional das Populações Extrativistas, Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas, FASE – Solidariedade e Educação, GT-Biodiversidade da Articulação Nacional de Agroecologia, Instituto Gaúcho de Estudos Ambientais, Movimento Ciência Cidadã, Movimento Camponês Popular, Movimento de Mulheres Camponesas, Movimento dos Pequenos Agricultores, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, Rede de Comunidades Tradicionais Pantaneiras, Sociedade Brasileira de Etnobiologia e Etnoecologia e Terra de Direitos.
Leia a íntegra do documento.
Carta Aberta de Recomendaçõ... by on Scribd