Trump vai investigar se cotas raciais prejudicam brancos

Informação divulgada pelo New York Times dá conta de que o presidente norte-americano já incumbiu o Departamento de Justiça de averiguar as políticas de ação afirmativa.

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Informação divulgada pelo New York Times dá conta de que o presidente norte-americano já incumbiu o Departamento de Justiça de averiguar as políticas de ação afirmativa. Da Redação* As excentricidades do presidente norte-americano Donald Trump parecem não ter limites. O jornal The New York Times divulgou que o governo prepara uma investigação a respeito da política de cotas para negros em universidades americanas. O objetivo é descobrir se a prática está discriminando candidatos brancos. O Departamento de Justiça americano estaria iniciando a seleção de pessoal para investigar as políticas de ação afirmativa, o que pode vir a ser a base para uma mudança das políticas que visam reduzir a diferença de escolaridade e de renda entre brancos e negros nos Estados Unidos. Segundo fontes sigilosas ao jornal, a proposta partiu do procurador-geral Jeff Sessions, considerado um dos nomes mais conservadores do governo Trump e que, no início de sua carreira, chegou a ser rejeitado como juiz federal por ter sido acusado de ser adepto de teses racistas. O The New York Times informou que seriam redirecionados recursos da área de direitos civis do Departamento de Justiça para esta investigação, e não da área de Oportunidades Educacionais, que tradicionalmente cuida do tema, e que ela poderia gerar ações judiciais sobre “discriminação intencional baseada em raça” nos processos de admissão de faculdades e universidades. Muitos estudos indicam que as populações negra, latina e indígena tiveram mais acesso à educação superior a partir das políticas de cotas. Muitos países, inclusive o Brasil, se inspiraram nestas políticas para criar diretrizes que facilitam o acesso de negros e pobres às universidades, com reservas de vagas ou aumento de pontuação nos processos de seleção. *Com informações da Gazeta do Povo Foto: Andrea Hanks/White House