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Conclusão das negociações pelo acordo de paz entre as Farc e o governo colombiano, que já somavam quatro anos, foi anunciada na noite desta quarta-feira (24)
Por Redação
Após quatro anos de negociações, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e o governo colombiano concluíram o acordo de paz que trará fim ao conflito que já durava mais de cinco décadas.
A medida foi anunciada na noite desta quarta-feira (24). O documento deve ser validado após plebiscito realizado no dia 2 de outubro, de acordo com o presidente do país, Juan Manuel Santos.
Entre as diretrizes do acordo, consta o fim do narcotráfico da guerrilha, reparação às vítimas, reforma agrária, justiça transicional, fim do conflito e participação política das Farc, além de anistia para crimes considerados “menores”.
Representantes das Forças Revolucionárias afirmaram que a luta da guerrilha não terminou, mas que agora seguiria pelas vias democráticas no Congresso. Em comemoração, os cidadãos foram às ruas vestidas de branco e com balões para celebrar o acordo.
Como o documento possui pontos polêmicos para a população, o texto precisa ser aprovado pelo plebiscito. É necessário que haja 13% de votos favoráveis, cerca de 4,5 milhões de pessoas.
As pesquisas indicam que há grande aceitação, entretanto, apontam também que muitos colombianos gostariam que os guerrilheiros fossem responsabilizados e cumprissem pena.
As campanhas pelo 'sim' ocorrem em iniciativas do governo, empresas, ONGs, igrejas e sindicatos, bem como em reuniões dos guerrilheiros na selva, onde tem acampamento.
Entre as Farc, dois grupos temem o acordo. Um deles receia entregar as armas e ficar desprotegido, enquanto o outro busca apoio no Exército de Libertação Nacional (ELN), grupo menor de guerrilha e incisivo com forte teor ideológico de atuação.