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Taxistas, servidores públicos, funcionários de hospitais, controladores aéreos e professores fazem paralisação simultânea por melhores salários e condições
Por Opera Mundi
Teve início nesta terça-feira (26/01) em Paris uma série de greves simultâneas de taxistas, servidores públicos, funcionários hospitalares, controladores aéreos e professores por toda a França. A onda de protestos fez com que o jornal diário Le Parisien classificasse o dia como “terça-feira negra”.
Cerca de 300 taxistas protestavam contra o Uber, serviço semelhante ao de táxi tradicional. Eles bloquearam uma das vias principais de Paris a atearam fogo a pneus. “Hoje nossa sobrevivência corre risco, estamos cansados de reuniões e negociações”, disse à AFP a porta-voz do coletivo de táxis da França, Ibrahima Sylla.
A polícia foi chamada para desbloquear a via e acabou usando gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes. Segundo as autoridades, 19 pessoas foram presas.
Nos aeroportos de Orly e Charles de Gaulle, alguns voos foram cancelados devido à greve dos controladores aéreos, que protestavam por melhores salários.
De acordo com um porta-voz do aeroporto, os passageiros foram notificados dos cancelamentos antes da greve ter início pelas próprias linhas aéreas. A EasyJet, por exemplo, informou ter cancelado 35 voos domésticos e que iriam para ou vinham da Suiça, Itália e Espanha.
A companhia Air France disse que todos os voos de longa duração (de seis a 12 horas) seguem a programação normal e que cerca de 80% dos voos de curta (menos de três horas) e média duração (de três a seis horas), domésticos ou internacionais, também continuam programados. No entanto, “cancelamentos e atrasos de última hora não podem ser descartados”, afirmou a empresa.
Paralelamente, quase 5,6 milhões de servidores públicos realizaram um protesto contra reformas trabalhistas propostas em setembro, que afetariam os salários.
Além disso, professoras do ensino infantil e fundamental também entraram em greve pedindo melhores salários em 51 escolas da cidade, segundo o Le Parisien.
Nos hospitais, trabalhadores protestavam contra a onda de demissões que atingiu o setor e reivindicavam mais postos de trabalho.
De acordo com os sindicatos em greve, foram mais de 120 manifestações em todo o país.
Foto:Grégoire Lannoy/Flickr