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O Brasil ofereceu abrigo a 2.077 sírios desde que o país deles entrou em conflito. Há dois anos, o Comitê Nacional para Refugiados (Conare), do Ministério da Justiça, publicou uma normativa facilitando a concessão de vistos a oriundos da Síria. Isso coloca o Brasil à frente dos países do sul da Europa, que recebem grande contingente de imigrantes ilegais pela facilidade geográfica
Por Redação
O Brasil ofereceu abrigo a 2.077 sírios desde que o país deles entrou em conflito. Há dois anos, o Comitê Nacional para Refugiados (Conare), do Ministério da Justiça, publicou uma normativa facilitando a concessão de vistos a imigrantes da Síria. Isso coloca o Brasil à frente dos países do sul da Europa, que recebem grande contingente de imigrantes ilegais pela facilidade geográfica.
A Espanha, por exemplo, concedeu refúgio para apenas 1.335 sírios; a Itália para 1.005 e Portugal para 15, segundo a Eurostat, agência de estatísticas da União Europeia. Somente nos primeiros sete meses deste ano, as autoridades brasileiras concederam 10,4% mais pedidos de refúgios do que em todo o ano passado. Depois da Síria, as nações que mais conseguiram asilo aqui foram Angola (1.480) e República Democrática do Congo (844), ambas com conflitos políticos internos.
Plano
Pressionado a agir diante da tragédia humanitária que já é considerada a maior crise de refugiados desde a 2ª Guerra Mundial, o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, deve anunciar na próxima quarta-feira (9) um plano para realocar mais 120 mil refugiados que estão no continente em busca de asilo.
De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), pelo menos 340 mil pessoas cruzaram o mar Mediterrâneo em direção à Europa em 2015. O número revela que a proposta de abrigar 120 mil refugiados ainda é insuficiente em relação à gravidade da situação. A iniciativa envolve, no mínimo, 22 países do bloco e a divisão levaria em conta a realidade econômica e a quantidade de asilos oferecidos até hoje por cada um deles.
Foto de capa: Agência Lusa