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Os outros oito militantes do Talebã foram "secretamente absolvidos", segundo BBC; em abril, autoridades paquistanesas informaram que os dez homens haviam sido condenados
Por Redação
Oito dos dez militantes do Talebã presos pelo ataque à ativista Malala Yousafza, em 2012, no Paquistão, foram libertados. A descoberta, feita pela BBC, contraria a informação, divulgada em abril, de que todos os agressores teriam sido condenados a 25 anos de prisão.
Fontes ouvidas pela BBC – incluindo o chefe de polícia da região do Vale de Swat, onde ocorreu o atentado – confirmaram que apenas dois dos homens foram sentenciados. O julgamento foi realizado a portas fechadas e numa instalação militar. De acordo com a reportagem, a sentença não foi publicada devido à legislação que proíbe a divulgação de informações detalhadas sobre casos de terrorismo.
Muneer Ahmed, porta-voz da representação diplomática do Paquistão em Londres, afirmou que os outro oito acusados foram libertados por "falta de provas". Ele explica que o "engano" ocorreu graças a uma falha de comunicação, já que os documentos do tribunal haviam registrado a absolvição. A polêmica em torno da situação começou quando, nesta semana, o jornal britânico Daily Mail tentou localizar os dez acusados em prisões dos país.
Malala foi vítima do Talebã aos 15 anos por defender em seu blog o direito de meninas terem acesso à educação em seu país, o que vai contra a agenda extremista do grupo. Ela voltava da escola quando os militantes entraram no ônibus e atiraram em sua cabeça à queima-roupa. Uma das vencedoras do Prêmio Nobel da Paz em 2014, ela vive atualmente com sua família na Inglaterra, pois ainda recebe ameaças de morte.
(Foto: ONU)