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Segundo a procuradoria-geral do governo mexicano, o relato de três criminosos presos que participaram do massacre aos estudantes de Ayotzinapa, revelou que eles foram conduzidos até um lixão, onde foram interrogados, assassinados e tiverem seus corpos carbonizados
Por Redação, com informações de El País
Em entrevista coletiva à imprensa o procurador-geral, Jesús Murrllo Karam, afirmou que na noite do ataque aos estudantes de Ayotzinapa, os 43 ainda desaparecidos foram entregues pela Polícia Municipal de Iguala aos criminosos do Guerreros Unidos, o cartel que controla a região. Os estudantes foram conduzidos até um lixão de Cocula, uma localidade vizinha. Antes mesmo de chegarem ao local, muitos acabaram morrendo asfixiados no trajeto.
Segundo as falas dos assassinos confessos, os criminosos interrogaram os estudantes, perguntando por que eles tinham ido a Iguala, por que tinham enfrentado o prefeito e sua mulher, para depois então matá-los e queimar seus corpos utilizando madeira e pneus. Depois, por ordem de seus superiores, os criminosos recolheram os restos carbonizados, os quebraram e jogaram em sacos de lixo no rio Cocula, com a corrente os levando até um destino desconhecido.
O relato do procurador-geral foi acompanhado por imagens e gravações de declarações dos três criminosos que participaram da matança. Com frieza e indiferença nas vozes - como se estivessem comentando sobre um dia normal de trabalho -, os assassinos descreveram ante as câmeras como mataram os estudantes.
Assista abaixo ao vídeo da reconstrução do procurador-geral: