Nesta segunda-feira (6), depois de Gabriel Medina perder para o australiano Jack Robinson nas semifinais do surfe masculino, ocorreram as finais da categoria. O vencedor foi o polinésio Kauli Vaast.
Vaast estava concorrendo em sua terra natal, o Taiti, que sedia o surfe nas Olimpíadas de Paris de 2024. A medalha de ouro Kauli não será do Taiti ou da Polinésia Francesa, mas da metrópole: a França.
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Veja o pódio de Vaast:
A França mantém domínios coloniais ao modo antigo ao redor do Pacífico, do Caribe e da América do Sul. São as ilhas de Reunião, a Guiana Francesa, além de Mayotte, Martinica, Guadalupe, Saint Martin, Saint Pierre e Miquelon, Wallis e Futuna e Nova Caledônia. Através do eufemismo da "França Além Mar" ou dos territórios ultramarinos franceses, o modelo colonial se mantém.
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A representação eleita da Polinésia Francesa defende a independência da metrópole.
O único partido pró-independência do país é o que governa a assembleia da região e planeja fazer um plebiscito sobre o tema em breve.
O único referendo sobre o tema ocorreu em 1958 sobre forte repressão francesa.
A própria denominação da Polinésia Francesa na legislação francesa é "Pays de outre mer", ou "país do além mar".
Além do arquipélago, em 2024, a Nova Caledônia - também no Pacífico - entrou em protestos calorosos para defender sua libertação da colônia francesa.
Mas independente dos desejos dos indígenas, nas Olimpíadas de 2024, seus ouros serão dados aos franceses. É o caso de Kauli Vaast.
A história foi denunciada pelo deputado estadual Matheus Gomes (PSOL-RS):