Noah Lyles, do Time EUA, é medalha de ouro nos 100 metros rasos do atletismo das Olimpíadas de Paris 2024. Ele venceu a prova por uma diferença de apenas cinco milésimos de segundo do jamaicano Kishane Thompson, que levou prata. Em terceiro lugar ficou outro atleta estadunidensse, Fred Kerley.
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Lyles quebrou um jejum de 20 anos do atletismo dos EUA nessa categoria e agora é o homem mais rápido do mundo na atualidade. A última vez que a equipe estadunidense ganhou uma medalha de ouro nos 100 metros masculinos em uma Olimpíada foi em 2004, quando Justin Gatlin venceu a prova nos Jogos de Atenas. Desde então, atletas de outros países, especialmente da Jamaica com Usain Bolt, dominaram a competição nas edições seguintes.
Mas Lyles ainda não conseguiu superar o jamaicano Bolt, que detém o recorde olímpico há 12 anos: 9 segundos e 63 décimos, alcançado em Londres-2012. O recorte mundial também é Bolt e ainda mais duradouro: 9 segundos e 58 décimos, tempo que ele fez em 2009, superando outros dois recordes que já eram seus, de 2008. Lyles fez 9 segundos e 79 décimos na prova deste domingo (4) na pista francesa.
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Simpático e provocador
Os 100 metros rasos sempre foram o ponto alto do atletismo das Olimpíadas. A mística em torno da prova, que determina o ser humano mais rápido da Terra, a tornou um símbolo de excelência atlética. Neste contexto, Lyles emergiu não apenas como o mais rápido, mas também como um dos mais provocadores atletas do mundo.
O velocista esbanja simpatia e altas doses de autoconfiança que flertam com a arrogância. Ele avançou com facilidade das semifinais, mas admitiu ter subestimado seus concorrentes na fase preliminar neste sábado (3), terminando em segundo lugar na corrida. Entretanto, ele se redimiu na final, solidificando seu status na história do atletismo.
Ele é a atração principal da série documental de seis episódios da Netlix "Sprint: Os Humanos Mais Rápidos do Mundo", que perfila os reis e rainhas dos 100 metros no atletismo. O nativo da Virgínia (EUA) vem carregado de frases marcantes em "Herdeiro do Trono", que é o primeiro da série documental.
A série acompanha estrelas do atletismo nos Campeonatos Mundiais de 2023 em Budapeste. No programa, muitas declarações de Lyles foram consideradas como arrogantes pelos espectadores. Em uma cena, ele afirma que para ser um atleta de sucesso, "você precisa ter a mentalidade de um Deus". Em outra, diz: "Acredito verdadeiramente que o momento não é maior que eu, o momento foi feito para mim".
EUA de volta ao topo do atlelismo
A vitória de Lyles é significativa para o atletismo olímpico dos EUA, marcando um retorno à dominância em uma prova que, desde a aposentadoria de Usain Bolt em 2017, estava aberta para novos líderes. Seu triunfo serve de inspiração para a próxima geração de atletas americanos e reafirma a presença dos EUA no topo do sprint mundial.
Desde a aposentadoria de Bolt, em agosto de 2017, após o Campeonato Mundial de Atletismo realizado em Londres, cenário do sprint mundial estava mais aberto. A vitória de Lyles ajuda a solidificar a presença dos EUA no topo desse esporte.
Jornada vitoriosa
Nascido em 18 de julho de 1997 na Flórida (EUA), atualmente, Noah Lyles detém o título de homem mais rápido do mundo após vencer os 100 e 200 metros — conhecidos como dobradinha de sprints — no Campeonato Mundial do ano passado. Ele correu os 100 metros em 9,83 segundos e os 200 metros em 19,52.
Ao todo, tem seis títulos mundiais e acaba de aumentar a coleção com a medalha de ouro dos 100m rasos nas Olimpíadas de Paris. Ele também conquistou a medalha de bronze nos 200 metros nas Olimpíadas de Tóquio 2020, resultado que o inspirou a estabelecer metas ambiciosas para os jogos deste ano. Além de querer bater os recordes de Bolt, ele planeja ganhar quatro medalhas de ouro: revezamentos 4x100 metros e 4x400 metros e 100 metros e 200 metros.