A skatista Rayssa Leal, de 16 anos, causou polêmica ao usar a Língua Brasileira de Sinais (Libras) para fazer uma declaração religiosa durante a competição nos Jogos Olímpicos de Paris, no domingo (28).
A atleta disse a frase “Jesus é o caminho, a verdade e a vida” na linguagem de sinais, em um momento em que a competição proíbe manifestações religiosas.
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O problema é que o artigo 50 da Carta Olímpica, que define as principais regras gerais da competição, afirma que “nenhum tipo de manifestação ou propaganda política, religiosa ou racial é permitida em quaisquer locais, instalações ou outras áreas olímpicas”.
Havia até mesmo a ameaça de Rayssa perder a medalha. Porém, isso não deve acontecer. O Comitê Olímpico Internacional (COI) apenas repreendeu o Comitê Olímpico do Brasil (COB), devido à manifestação religiosa da skatista.
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A assessoria de comunicação do COI informou que dirigentes da entidade estão em contato com o comitê brasileiro para relembrar as Diretrizes de Expressão dos Atletas, documento que especifica o que é permitido em termos de manifestações políticas ou religiosas.
Porém, a sanção do COI provavelmente não resultará na perda da medalha de Rayssa.
“Mal-entendido”, diz assessor de comunicação do COI
O Mark Adams, assessor de comunicação do COI, em entrevista coletiva, considerou a questão como um “mal-entendido” e ressaltou que o movimento olímpico estimula a liberdade de expressão dos atletas, em conversas com a imprensa e nas redes sociais, mas não durante as competições.
Diante disso, Rayssa não deve sofrer nenhuma punição. No máximo, pode receber uma carta de advertência. A skatista, que é evangélica, contou ter o costume de fazer o sinal antes das competições em que participa.