Inacreditável a estreia do futebol olímpico nos Jogos de Paris 2024. Argentina e Marrocos fizeram um bom jogo, enquanto foi possível ter um bom jogo. A organização foi o ponto negativo.
Foram sete invasões de campo, paralisando a partida e desconcentrando os jogadores. Afinal, ninguém encara com naturalidade uma pessoa estranha invadir o campo, sabe-se lá com quais intenções.
Uma vez já é prova de falha de organização e segurança. Mas, sete invasões! Nem na várzea, onde muitas vezes os jogos são resolvidos e/ou encerrados à bala.
Os acontecimentos causam uma preocupação adjacente com a segurança nas Olimpíadas, pois ficou claro que o esquema montado para o jogo era uma verdadeira peneira.
Não bastasse isso, o desfecho da partida foi inacreditável. O Marrocos vencia por 2 a 1. O árbitro deu 12 minutos de tempo extra pelas invasões a campo e depois mais três.
Até que no último minuto há o gol de empate argentino e os dois times se encaminham para o vestiário, como se o combinado fosse, como nas peladas de várzea, que o jogo terminaria com o primeiro gol marcado.
A FIFA mostrou o resultado de 2 a 2, como o do final da partida. Tempos depois, o resultado mudou para Indeterminado.
Finalmente, duas horas após as duas seleções terem deixado o gramado, elas voltaram a campo para disputar mais três minutos de jogo. Com um detalhe a mais: após revisão do VAR, o gol de empate da Argentina foi anulado, por impedimento.
O resultado final ficou 2 a 1 para a seleção do Marrocos.
Mas o resultado que fica para os amantes do esporte, especialmente do futebol, é de que estamos mal de organização e, se continuar assim, poderemos ter problemas que ninguém deseja, como uma agressão a um jogador ou ao árbitro. Ou coisa pior.
Porque o jogo foi Olímpico, mas a organização, de várzea.
O craque Messi comentou em seu perfil no Instagram [imagem que ilustra a matéria]: "Insólito"