O karatê estreou no programa olímpico nos Jogos de Tóquio 2020, realizados em 2021, mas foi excluído não só das Olimpíadas de Paris como também de Los Angeles 2028.
O Comitê Olímpico Internacional (COI) estabelece um processo de rotação de algumas modalidades atendendo a diversos critérios. Entre eles, o alcance e a popularidade, que podem ser avaliados pelo número de federações nacionais e pelo volume de competições internacionais, além da capacidade de atrair interesse midiático, o que inclui não somente a audiência televisiva como também o engajamento nas redes sociais.
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Outro fator levado em conta é a capacidade de atrair novos públicos, em especial os jovens, o que ajudou para a inclusão do surfe, skate, escalada e, agora, do breaking, que estreia como esporte olímpico em Paris. E foi neste ponto que o karatê pode ter falhado. Os organizadores alegaram, segundo a Reuters, que “o esporte carecia de valor de entretenimento e capacidade de atrair um público mais jovem”.
Em Tóquio, o karatê foi disputado em duas categorias: o Kata, desenvolvido com uma sequência de movimentos pré-determinados sem um adversário, e o Kumite, combate que envolve a interação direta contra um oponente. No Kata, a idade média dos 21 competidores era de 30 anos e a medalhista de ouro no feminino, Sandra Sanchez, se tornou a campeã olímpica mais velha da Espanha, aos 39 anos.
A Reuters lembra que, em comparação, os adolescentes conquistaram três das quatro medalhas de ouro no skate, uma das duas na escalada e duas das oito no taekwondo.
O Japão foi o primeiro no quadro de medalhas do karatê na edição de 2020, com um ouro, uma prata e um bronze. E a Turquia foi a que obteve mais medalhas, uma de prata e três de bronze, quase um terço dos 13 pódios obtidos nos Jogos.
Beisebol e softbol fora de Paris 2024
Os Jogos Olímpicos de Paris vão contar com 48 modalidades divididas em 32 esportes. Além do breaking, foi incluída nesta edição a canoagem extremo no slalom, que já contava com a disputa das provas C1 e K1.
Também deixam o circuíto olímpico o beisebol e sua versão feminina, o softbol, que voltam nas Olimpíadas de Los Angeles, junto com o críquete, flag football, squash e lacrosse.