O preparador físico Diego Falcão foi dispensado da comissão técnica da seleção feminina de basquete. A decisão teve o apoio das próprias atletas, que pediram pela saída do preparador após ele fazer postagens contra o aborto. A Confederação Brasileira de Basquete (CBB) anunciou a demissão neste sábado (22).
"Inacreditável que um profissional, que trabalha com o feminino, demonstre esse tipo de posicionamento nas redes sociais. O estupro é um crime grave. Que as mulheres tenham o direito de decidir e expressar sua opinião sobre isso. É essencial que nossa confederação se posicione de forma clara e adequada a esse assunto tão sério", afirmou Damiris Dantas, atleta da WNBA.
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“Uma coisa que fica muito difícil de engolir é que o post não estava falando sobre vida, mas sobre morte psicológica através de uma violência, que é o estupro. Morte psicológica pensando nas que sobrevivem, porque muitas morrem. É triste porque é difícil entender que tem pessoas desse tipo trabalhando com o basquete feminino”, disse também a atleta Clarissa dos Santos.
Entenda
Em apoio ao Projeto de Lei (PL) 1904/2023, que propõe equiparar o aborto em gestações acima de 22 semanas ao crime de homicídio, até em casos de abuso sexual, Diego Falcão escreveu em suas redes sociais: "Qualquer país que aceite o aborto não está ensinando o seu povo a amar, mas a usar qualquer violência para conseguir o que deseja”. A afirmação gerou repercussão entre as atletas do CBB, que pediram respeito:
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Falcão foi comunicado de sua dispensa em projetos futuros. Como não era um funcionário oficial da entidade, ele não possuía vínculo formal e prestava serviços durante as convocações da seleção feminina. No entanto, a partir de agora, não será mais convocado. Diego Falcão integrava a seleção brasileira desde 2015, após sua passagem pelo Flamengo. Ele fez parte do grupo que competiu nos Jogos Olímpicos do Rio em 2016.