SEQUESTRO

Roberto Baggio, ex-jogador da Itália, é ferido durante assalto em sua casa

Família ficou trancada por 40 minutos em um quarto enquanto o grupo vasculhava a casa em busca de dinheiro e objetos preciosos; ex-atleta da seleção italiana foi atingido na testa pela coronha de uma arma

Escrito en ESPORTE el

O ex-jogador italiano Roberto Baggio foi vítima de um assalto na mansão onde mora em Altavilla Vicentina, no Nordeste da Itália, enquanto ele e sua família assistiam ao jogo da Euro 2024 entre Espanha e Itália.

Um grupo de pelo menos cinco pessoas armadas invadiu a residência perto das 22h locais e, segundo depoimentos colhidos pela polícia, Baggio tentou deter os criminosos e foi atingido na testa com a coronha de uma arma. A família permaneceu trancada por aproximadamente 40 minutos em um quarto enquanto o grupo revistava os cômodos em busca de dinheiro e objetos preciosos.  Dinheiro, relógios e joias foram roubados.

O ex-jogador foi quem acionou o alarme após a fuga dos criminosos, precisando arrombar a porta para contatar os policiais. Ele foi atendido durante a noite no pronto-socorro de Arzignano, cidade próxima à Altavilla Vicentina. Após receber alguns pontos no ferimento, teve alta e prestou depoimento à polícia local.

As imagens das câmeras da residência foram recolhidas. Ninguém mais ficou ferido.

Bola de Ouro e pênalti perdido

Como jogador, Roberto Baggio é considerado um dos maiores meias da história do futebol da Itália. Revelado pelo Vicenza, venceu a Bola de Ouro da Fifa em 1993 como melhor jogador do mundo e foi campeão nacional pela Juventus e pelo Milan e da Copa da Uefa equipe de Turim. Disputou três Copas do Mundo pela seleção do seu país, sendo o único jogador italiano a marcar em três edições diferentes.

No Mundial disputado em seu país, em 1990, Baggio marcou cinco gols e foi um dos destaques do time que terminou a competição em terceiro lugar. Já em 1994, foi quem perdeu o último pênalti na decisão contra o Brasil, chutando a bola por cima do gol de Taffarel.

Em entrevista à revista Placar, em 2006, ele falou sobre o lance. "Só erra um pênalti quem tem coragem de batê-lo. Naquele dia, decidi bater e errei. Ponto final. Faz parte do jogo. Aquilo me marcou por muitos anos e ainda sonho com isso. Apagar aquele pesadelo da mente foi difícil. Se pudesse cancelar aquela imagem da minha vida, cancelaria. Mas a vida ensina muitas coisas e entendi que, quando um homem se deixa vencer pela derrota, está renunciando à vida", apontou.