GRAMADOS DO BRASIL

Clubes brasileiros debatem gramados sintéticos em reunião com a CBF: Entenda por que tema gera polêmica

Confederação promete análise profunda do tema para embasar decisões futuras sobre a utilização de campos artificiais

Créditos: Pixabay/Pexels
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Em uma reunião virtual entre clubes e a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), o tema dos gramados sintéticos voltou a ser debatido intensamente. Atualmente, apenas Athletico, Botafogo e Palmeiras optaram por campos sintéticos, enquanto os demais clubes mantêm gramados naturais. A discussão ganhou força com a possibilidade de veto no futuro desses campos.

Embora não haja iminência de proibição, a CBF tomou medidas importantes, convocando a Comissão de Médicos para aprofundar a análise do tema em conjunto com a recém-eleita Comissão Nacional de Clubes. Além disso, a entidade comprometeu-se a contratar uma consultoria internacional para realizar um estudo mais abrangente sobre o impacto dos gramados sintéticos.

A discussão foi iniciada pela Fenapaf, representada pelo presidente Alfredo Sampaio, que expressou sua oposição não apenas ao aumento de estrangeiros, mas também aos gramados sintéticos. O presidente do Fluminense, Mario Bittencourt, compartilhou essa posição, destacando preocupações com lesões e desempenho esportivo.

Diversos clubes se manifestaram contrários aos campos sintéticos, argumentando tanto sobre a questão de lesões quanto sobre a performance esportiva. No entanto, o Palmeiras, representado pela presidente Leila Pereira, o vice Paulo Buosi e o capitão Gustavo Gomez, contestou essa posição. Eles apontaram que seus atletas apresentam menos lesões do que adversários que jogam em gramados naturais.

Os palmeirenses também lembraram que, nos campos sintéticos, os resultados contra times como Flamengo, Fluminense e São Paulo, críticos do gramado artificial, foram piores do que quando jogavam em gramados naturais. Expressaram ainda preocupação com campos de todas as superfícies, sejam naturais ou sintéticos.

A Comissão de Médicos da CBF já está estudando o tema e apresentou brevemente os últimos trabalhos realizados sobre o assunto, embora não os considere conclusivos. Exemplos internacionais, como o futebol na Arábia Saudita, foram citados, destacando mais lesões em gramados naturais. Outros estudos, no entanto, não indicavam diferenças significativas entre os dois tipos de campos.

A CBF busca chegar a uma conclusão própria, baseada nas avaliações da consultoria internacional e da Comissão de Médicos. O objetivo é fornecer informações robustas para o debate na Comissão Nacional de Clubes, que ainda elegerá representantes nas Séries B, C e D. A questão dos gramados sintéticos promete continuar sendo um ponto de discussão no cenário futebolístico brasileiro.

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