O ex-jogador de futebol Daniel Alves foi condenado a quatro anos e seis meses de prisão por estupro, em decisão proferida nesta quinta-feira (22) em um tribunal de Barcelona. A sentença surpreendeu muitos pela sua celeridade, mas o que chamou ainda mais a atenção foi a intervenção do também jogador Neymar, que ajudou financeiramente o amigo em apuros.
Daniel Alves, que teve seus bens e contas congelados, recorreu à ajuda de Neymar para enfrentar a acusação. Segundo informações, Neymar Pai confirmou ao UOL que transferiu a quantia de 150 mil euros (cerca de R$ 800 mil) para a conta do tribunal como parte da defesa do ex-companheiro de equipe.
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"A família nos pediu ajuda. O Daniel não tinha dinheiro para se defender, e o prazo para o pagamento da defesa estava expirando. Pense bem, em nenhum momento, eu podia negar ajuda a um amigo que está tentando se defender de uma acusação", afirmou Neymar Pai em uma entrevista a Emerson Sheik.
Os 150 mil euros depositados na conta do tribunal foram apresentados como uma espécie de "atenuante de reparação de dano causado". Esse gesto, segundo a sentença, influenciou na decisão do tribunal de reduzir a pena de Daniel Alves. O tribunal reconheceu que o valor depositado demonstrava "uma vontade reparadora" antes mesmo do julgamento ocorrer.
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Além da ajuda financeira, Neymar também enviou apoio jurídico para Daniel Alves. O advogado Gustavo Xisto, representante legal das empresas de Neymar Pai, foi listado como procurador do caso Dani Alves.
A relação entre Daniel Alves e Neymar remonta aos tempos em que jogaram juntos no Barcelona, Paris Saint-Germain e na seleção brasileira. A amizade entre os dois transcendeu o âmbito profissional, e eles sempre demonstraram uma proximidade notável. No entanto, Neymar ainda não se pronunciou publicamente sobre o caso na Justiça.
O caso continua a gerar discussões sobre o papel dos jogadores de futebol e suas responsabilidades fora dos campos, bem como sobre o impacto das relações pessoais na Justiça. Enquanto a decisão judicial pode ser contestada, a intervenção de Neymar no apoio ao amigo levanta questões éticas e morais, alimentando o debate sobre a separação entre vida pessoal e profissional.