A Fórmula 1 terá uma nova equipe a partir de 2026, algo que não acontecia desde 2016, quando a equipe Haas, do empresário estadunidense Gene Haas, fez sua estreia nas pistas.
De lá para cá, algumas equipes mudaram de nome, como a Renault, rebatizada em 2021 como Alpine, mas ainda sob gestão da montadora francesa, e de dono, caso da Force India, que virou Racing Point e hoje é Aston Martin. Mas nenhum time novo havia conseguido entrar no grid.
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Agora, a General Motors, com a marca Cadillac, entrará no circuito em 2026. "Como o auge do automobilismo, a F1 exige inovação e excelência que ultrapassem os limites. É uma honra para a General Motors e a Cadillac se juntarem à principal série de corridas do mundo, e estamos comprometidos em competir com paixão e integridade para elevar o esporte para os fãs de corrida ao redor do mundo”, afirmou o presidente da GM, Mark Reuss. “Este é um palco global para demonstrarmos a expertise em engenharia e a liderança tecnológica da GM em um nível totalmente novo.”
A montadora dos Estados Unidos planeja construir um motor Cadillac para a temporada de 2028, e usará motores Ferrari nos dois primeiros anos.
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Acordo difícil com a Fórmula 1
A negociação encerra tratativas que vêm sendo feitas há anos entre a Liberty Media, dona do Formula One Group, e a Andretti Group, dos ex-pilotos Mario e seu filho Michael Andretti.
O grupo estadunidense entrou com uma petição na Fórmula 1 em 2022 para inscrever a Andretti Global como equipe da categoria em 2024. Seis meses depois, a Fédération Internationale de l'Automobile, órgão regulador da modalidade, vetou o ingresso.
No ano seguinte, a Andretti Global buscou uma parceria com a General Motors e a Cadillac, e mais uma vez teve sua pretensão negada. A F1 chegou a pedir à GM que encontrasse outra equipe para fazer parceria, pedido que também foi negado pela montadora.
Na sequência, os Andretti mostraram seu poder político. Senadores pediram ao Departamento de Justiça dos EUA que investigasse a rejeição, apontando que os organizadores da Fórmula 1 poderiam estar violando as leis antitruste ao barrar as pretensões da equipe estadunidense. A categoria tem três Grandes Prêmios (GPs) disputados no país, em Austin, Miami e Las Vegas.
A partir daí, mudanças apontaram para um acordo. Michael Andretti anunciou em setembro que se afastaria de seu papel na Andretti Global, dando mais espaço a seu sócio Dan Towriss, e o CEO da Liberty Media, Greg Maffei, tido como um dos maiores oponentes da entrada do grupo na modalidade, renunciou.
Sem pilotos dos EUA na F1. Por enquanto
Com a entrada da General Motors, pela primeira vez os Estados Unidos terão uma montadora que formou sua própria equipe. Há hoje e sempre houve montadoras de outros países que ergueram seus times, como Mercedes-Benz, Ferrari e Renault, por exemplo.
A também norte-americana Ford chegou a comprar uma equipe "pronta", a Jaguar Racing, em 2000, mas a vendeu para a Red Bull em 2004. É uma histórica fornecedora de motores para a categoria e seu lendário motor Ford-Cosworth DFV dominou a F1 por quase duas décadas, entre 1967 e 1983, sendo usado por equipes como Lotus, McLaren e Williams. Em 2026, volta à categoria para fornecer o motor que será usado pela Red Bull e Alpha Tauri.
Atualmente, não há pilotos dos EUA correndo na modalidade. O último foi Logan Sargeant, que se tornou o primeiro piloto estadunidense na categoria desde 2015, quando foi contratado pela Williams, em 2023. Acabou substituído na metade da temporada de 2024 pelo argentino Franco Colapinto.
A expectativa da mídia estadunidense é que a Cadillac possa ter dois pilotos do país e os favoritos às vagas são os atuais titulares da equipe Andretti na Fórmula Indy, Colton Herta e Kyle Kirkwood. O tricampeão da Indy Alex Palou também é um nome forte.