Eram 49 minutos do segundo tempo quando o jovem Ryan, do Corinthians, marcou o gol que selou a vitória do alvinegro em Lima no Peru, e a classificação da equipe brasileira para as oitavas-de-final da Copa Sulamericana.
O gol também selava a eliminação do Universitario, clube peruano que tem um criminoso em sua comissão técnica. O preparador físico uruguaio Sebastian Avellino foi preso na última terça-feira (11) no Brasil após fazer gestos imitando um macaco para a torcida corinthiana.
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O ato racista não passou impune e ele foi preso pelas autoridades brasileiras. O Universitario, ao invés de demitir o profissional e se desculpar pela atitude incompatível, decidiu dobrar a aposta e criar uma verdadeira guerra contra as autoridades brasileiras e contra o Corinthians para defender o racista.
Quando Ryan marcou o gol - seu primeiro pelo time profissional - mostrou a camisa do Corinthians para a torcida do Universitario em Lima, que se revoltou.
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Rapidamente, os jogadores peruanos partiram para a agressão e tentaram começar uma pancadaria generalizada contra os atletas do alvinegro paulistano.
A polícia teve que entrar no gramado para escoltar a trupe de Luxemburgo que, após 16 minutos de acréscimo e dois expulsos, conseguiu sair vitoriosa.
Ryan e Matheus Araújo foram expulsos do lado do timão. No Universitário, foram expulsos Calcaterra, Di Benedetto e Guzmán, que estava no banco.
Luxa criticou a atitude de seu atleta Ryan. "Queria fazer um pedido de desculpas pelo meu atleta, que tem apenas 19 anos, primeira viagem internacional, fez um gol importante e transcendeu o futebol. É muito jovem, vai aprender. Queria pedir desculpa à torcida, aos jogadores, não era nossa intenção. Tenho muito carinho pela gente daqui. Transcendeu o futebol", disse Luxemburgo em coletiva após a vitória.
"Quando vim aqui, disse que tem que respeitar as leis de um país. No Peru é uma lei, no Brasil é outra. Não fizemos nada em nosso estádio com eles. É um problema de justiça. Isso me deixou preocupado. Nossa justiça tem uma lei e o preparador físico fez algo que não foi bom para nós. O que o futebol tem a ver com isso? Não fizemos nada com eles lá, apenas jogamos futebol. Temos que ter muito cuidado para uma coisa que saiu do campo, entre nele. Esse clima de insegurança não é bom", complementou o treinador.
O treinador do Universitário não teve problema nenhum, contudo, em comparar a comemoração inofensiva de Ryan com um gesto racista e criminoso do preparador físico.
"Agora aqui, de novo, não aconteceu nada pelo gesto (de Ryan) de mostrar a camisa. Isso é rir da cara ou o quê? O garoto tem o que, 12 anos? Mas lá, por um gesto, tem um preparador físico preso há sete dias. Aqui tem que desculpar porque, pobrezinho, é um jovenzinho", disse o argentino Jorge Fossati.
O atleta Matheus Bidu, do Corinthians, não poupou o discurso do Universitário. "Inadmissível existirem seres humanos imundos como vocês, lixos de pessoas. Acham normal atos racistas? Enquanto existirem pessoas como vocês, o mundo não vai para frente. Racistas de merda", disse no Instagram.
O Corinthians segue para as oitavas de final da Sulamericana sobre o comando de Luxemburgo, que se segura no cargo após duas classificações em copas, mas segue com problemas no Brasileiro, bem pertinho da zona de rebaixamento, em 15º.