AMISTOSO DA SELEÇÃO

Vini Jr marca e Brasil goleia Guiné em partida que marcou luta contra o racismo

Partida foi jogada no estádio Cornellà-El Prat, na Espanha; Joelinton, Rodrygo e Éder Militão também marcaram

Vini Jr em campo pela seleção brasileira em amistoso contra a Guiné.Créditos: Reprodução/TV Globo
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A seleção brasileira venceu a Guiné por 3 a 1 na tarde deste sábado (17) em amistoso disputado no estádio Cornellà-El Prat, na região metropolitana de Barcelona, na Espanha. O curioso é que foi a primeira vez na história que a equipe pentacampeã do mundo entrou em campo com o uniforme inteiro preto. A razão disto é uma campanha da CBF e da FIFA contra o racismo no futebol, sobretudo na Europa e especialmente em terras espanholas, onde o craque Vini Jr sofreu nos últimos meses uma série de ataques racistas em jogos da liga local.

O Brasil do técnico Ramon de Menezes veio a campo com o goleiro Ederson e uma defesa composta por Danilo, Éder Militão, Marquinhos e Ayrton Lucas. O meio de campo contou com Casemiro, Joelinton, Lucas Paquetá e Rodrygo. Lá na frente, Richarlison e Vini Jr. Olhando para o banco de reservas, torcedores de Palmeiras e Flamengo esperavam o momento de ver Weverton, Raphael Veiga, Rony e Pedro em campo.

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O primeiro tempo começou frio e com pouquíssima inspiração. Enquanto o Brasil tentava armar jogadas com Vini Jr, a seleção de Guiné teve uma boa chance aos 7 minutos em chute de fora da área do atacante Guirassy. A partida estava sonolenta até os 26 minutos, quando Richarlison desviou um cruzamento de cabeça, o goleiro Koné espalmou e o volante Joelinton abriu o placar para a seleção brasileira no rebote.

Logo em seguida, aos 29 minutos, o Brasil ampliou o placar com Rodrygo. Ele roubou a bola na entrada da área adversária, se aproximou do gol e soltou uma bomba. Indefensável: 2 a 0.

A seleção africana diminuiu aos 36 minutos com Guirassy, que aproveitou cruzamento de Naby Sylla, subindo mais alto que Marquinhos e Ayrton Lucas para guardar o seu. Sem chances para o goleiro Ederson, que no último sábado (11) se consagrava como campeão da Champions League.

Ainda que sem grande brilho, a seleção brasileira foi melhor no primeiro tempo como era esperado. Para a segunda etapa, o Brasil voltou de amarelo e sem alterações.

Logo no primeiro minuto saiu o terceiro da seleção: Lucas Paquetá cruzou na cabeça de Éder Militão, dentro da área, que cabeceou para longe do alcance do goleiro Koné, direto para o fundo das redes.

A partir do terceiro gol, a seleção de Guiné ficou esgotada fisicamente e o Brasil passou a dominar a partida. Era questão de tempo sair o quarto gol. Aos 19 minutos, saíram Joelinton e Paquetá para as entradas de Bruno Guimarães e Raphael Veiga. No mesmo minuto a seleção africana trocou seu lateral direito Conté e o atacante Guirassy, autor do gol no primeiro tempo, para as entradas de Dembo Sylla e Kanté.

O jogo melhorou. Brasil teve chances de aumentar aos 30 minutos do segundo tempo com Militão, após cobrança de falta de Veiga. No minuto seguinte, foi a vez de Ederson espalmar um petardo de Kanté e, aos 33 minutos, Richarlison desperdiçou uma grande oportunidade: com o campo vazio, tentou um drible a mais e perdeu o contra ataque.

Aos 37 minutos, Richarlison e Rodrygo para as entradas de Pedro e Malcom. Aos 40, Malcom é puxado dentro da área e um pênalti é marcado para o Brasil. Vini Jr vai para a cobrança e, com categoria, e não decepcionou: 4 a 1.

Com apenas 3 minutos de acréscimo, já não havia mais tempo nem para outro da seleção, e nem para uma reação adversária. Só deu tempo para Rony e Vanderson entrarem nos lugares de Vini Jr e Danilo antes do apito final.