O Ministério Público da Espanha emitiu a sua opinião nesta segunda-feira (6) a respeito do pedido de liberdade provisória do lateral direito Daniel Alves, preso desde o último dia 20 de janeiro, acusado de estuprar uma jovem espanhola de 23 anos no banheiro da boate Sutton, em Barcelona. O crime teria ocorrido na noite de 30 de dezembro de 2022.
De acordo com a imprensa espanhola, os procuradores da Catalunha, região autônoma da qual Barcelona é a capital, acreditam que haja risco de fuga do país por parte do jogador, além de considerarem que há indícios de que ele realmente tenha cometido o crime ao qual é acusado. Mesmo com a entrega de passaportes e o uso de pulseiras com GPS, os promotores temem uma fuga de Dani Alves para o Brasil, uma vez que o país não extradita seus cidadãos.
A principal razão do temor tem a força do exemplo do caso de outro jogador e astro do futebol, o atacante Robinho. Condenado a 9 anos de prisão na Itália por um estupro coletivo, o jogador conseguiu fugir para o Brasil e hoje vive em Santos, sem correr riscos de extradição para o país europeu.
Levando tais elementos em consideração, o MP catalão posicionou-se diante da juíza Maria Concepción Canton Martín, do Juizado de Instrução, contrário ao pedido de liberdade provisória de Daniel Alves.
Nos próximos dias a Justiça catalã vai receber as alegações e argumentos da advogada Ester García, que defende a vítima. Além da exposição de sua versão dos fatos, é previsível que faça uma nova argumentação contrária ao pedido de liberdade provisória.
Uma nova seção do Juizado de Barcelona irá decidir sobre o pedido dos advogados do lateral direito e a expectativa é que a decisão seja tomada em até um mês.
*Com informações do Globoesporte.