Supreendentemente, o futuro de Daniel Alves pode ser definido por um par de tênis brancos. A imagem dos calçados gravada pelas câmeras do circuito interno da discoteca Sutton, em Barcelona, se tornou fundamental para a resolução do caso.
O jogador está preso provisoriamente desde o dia 20 de janeiro, acusado de agressão sexual por uma jovem de 23 anos.
O par de tênis é importante porque seria a prova de que Daniel estava na porta do banheiro da área vip, onde a denunciante afirma que foi estuprada e agredida por ele.
A jovem que acusa o brasileiro declarou, em depoimento à Justiça, que foi chamada por ele para o local, sem saber que se tratava de um banheiro, de acordo com reportagem de Talyta Vespa e Thiago Arantes, no UOL.
Os advogados do jogador apresentaram recurso alegando que ele entrou no banheiro 1 minuto e 36 segundos antes da mulher, e que, por isso, ela teria ido até o local por vontade própria.
O principal advogado de Daniel, Cristóbal Martell, diz, ainda, que foi a denunciante que abriu e fechou a porta do banheiro. “As imagens falam por si só. Foi assim”, destacou Martell.
O vídeo com o par de tênis pode modificar o caso, porque as imagens poderiam ser suficientes para desmontar as alegações de Daniel Alves e do recurso.
A defesa disse, no documento, que “a denunciante vai até a porta e entra sem que Daniel Alves indique o caminho ou abra a porta”. Porém, no vídeo, é possível ver o par de tênis ao lado da entrada do banheiro.
Defesa diz que par de tênis é de outro cliente
Conforme o jornal espanhol La Vanguardia, a defesa do jogador alegou que o par de tênis pertence a outro cliente e está refletido por um espelho.
Na próxima semana, será feita uma perícia do vídeo, com o objetivo de identificar se os calçados seriam de Daniel Alves ou consequência de uma ilusão de ótica pelo reflexo.
As imagens mostram que o jogador e a mulher ficaram 16 minutos no banheiro da boate. Por questões de privacidade, não há câmeras no interior do local, evidentemente.