A 98ª edição da Corrida Internacional de São Silvestre foi palco, na manhã deste domingo (31), de um verdadeiro domínio queniano, com Catherine Reline e Timothy Kiplagat Ronoh conquistando os títulos feminino e masculino, respectivamente. A prova reuniu milhares de atletas e espectadores nas movimentadas ruas de São Paulo.
Catherine Reline: Bicampeã e soberana
Catherine Reline, uma jovem de apenas 21 anos, provou mais uma vez sua superioridade nas ruas da capital paulista. Com um desempenho impressionante, Reline conquistou o bicampeonato da São Silvestre, cruzando a linha de chegada com o tempo de 49m54s.
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Desde o início da prova, Reline se destacou, inicialmente acompanhada por Sheila Chelangat e Wude Ayalew. No entanto, a atleta queniana logo se desgarraria do grupo, correndo os últimos quilômetros de forma solitária e assegurando a 18ª vitória de uma atleta do Quênia na competição desde que a prova feminina começou em 1975.
Sheila Chelangat garantiu a dobradinha queniana ao conquistar o segundo lugar com 51m35s, seguida de perto pela etíope Wude Ayalew, que completou o pódio feminino com o tempo de 51m46s. A angolana naturalizada brasileira, Felismina Cavela, foi a melhor brasileira na competição, alcançando a sexta posição com o tempo de 55m05s.
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Timothy Kiplagat Ronoh: Favorito e dominante
No masculino, o queniano Timothy Kiplagat Ronoh, de 30 anos, confirmou seu favoritismo ao cruzar a linha de chegada com o tempo de 44m52s. O atleta já havia se destacado ao conquistar a medalha de prata na Maratona de Roterdã no mesmo ano, além das maratonas de Melbourne e Abu Dhabi em 2022.
O pódio masculino foi totalmente dominado pelos quenianos, com Emmanuel Bor em segundo lugar, registrando 45m28s, e Reuben Longoshiwa em terceiro, com o tempo de 45m44s. O brasileiro Johnatas de Oliveira, ex-gari que abandonou o sonho do futebol para se dedicar à corrida, comemorou a posição de destaque como o sexto colocado, registrando 46m33s.
Brasil representado por Johnatas de Oliveira e Felismina Cavela
Johnatas de Oliveira, que abandonou o sonho de ser jogador de futebol para trabalhar como gari, expressou seu orgulho ao se tornar o brasileiro mais rápido na prova.
"Não deu para realizar o sonho de ser jogador, mas a gente dá para o gasto como atleta", brincou Oliveira após a corrida.
A angolana naturalizada brasileira, Felismina Cavela, também expressou sua satisfação em representar o Brasil.
"É um orgulho representar o Brasil. É um país que me acolheu muito bem", disse Cavela.
O Brasil não conquista o topo do pódio desde 2010, quando Marílson dos Santos venceu a prova. No feminino, a última vitória brasileira foi em 2006, com Lucélia Peres. A presença de Johnatas de Oliveira e Felismina Cavela entre os melhores brasileiros sinaliza um novo momento para os corredores nacionais na São Silvestre.
A corrida de 15km teve largada e chegada na Avenida Paulista, percorrendo diversos pontos turísticos da cidade, e contou com a participação de cadeirantes, elite feminina e elite masculina. A São Silvestre 2023 reforça seu status como uma das principais e mais tradicionais corridas de rua do mundo.