O comportamento de Neymar me lembra de uma antiga história da minha infância. Conta a lenda que um desses fisiculturistas gigantescos, com músculos imensos, muito orgulhoso de sua forma física arrumou uma namorada.
Saíram, foram jantar, e ele passou a noite falando dos exercícios que fazia para desenvolver seus músculos, o tipo de alimentação, os suplementos.
A menina parecia realmente encantada com aquela montanha à sua frente.
No final da noite foram a um motel. É história antiga, hoje parece que ninguém mais vai a motel.
Chegando lá, ele começou seu show. Tirou a camisa e flexionou os braços para fazer um muque e mandou:
— 50 kg de pólvora em cada braço.
Projetou o peitoral e:
— 70 kg de pólvora cada.
Tirou a calça e exibiu a panturrilha:
— 30 kg de pólvora cada.
A menina estava maravilhada.
Ele mostrou as coxas imensas:
— 100 kg de pólvora cada.
Tirou a sunga e a menina saiu correndo do quarto, desesperada.
— Socorro! 500 kg de pólvora e um paviozinho desse tamaninho!...
O paviozinho do Neymar é a cabeça. Joga muito, chuta bem com as duas pernas, tem visão de jogo, dribla como poucos, mas a cabeça ele não usa nem para fazer gol.
Engravida uma mulher e logo aparece com outra. Como se não houvesse amanhã. Mas há.
A carreira dele já está chegando ao fim. E quando parar?
Qual vai ser o legado de Neymar?
Pelé não é preciso falar. Mas Maradona, por exemplo, deu um título ao Nápoles que não era campeão italiano há 30 anos. Foi bicampeão mundial pela seleção argentina.
Messi, não sei quantas vezes o melhor do mundo, vários títulos pelo Barcelona, não apenas de La Liga, mas também da Champions League. Campeão mundial pela seleção argentina.
Mesmo Sócrates e Zico, que não têm esses títulos mas são idolatrados pelas duas maiores torcidas do Brasil.
E o Neymar, qual o seu legado?
Habituado às luzes dos refletores, aos milhões de seguidores, de que adiantará tudo isso com seu paviozinho desse tamaninho?
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