O milionário russo Roman Abramovich, proprietário do Chelsea, colocou à venda um dos principais clubes de futebol da Inglaterra. O empresário está sendo pressionado pelo congelamento de suas propriedades, sanção imposta pelo Reino Unido, após a guerra entre Rússia e Ucrânia.
Abramovich, de 55 anos, é um dos cidadãos russos visados pelo Reino Unido, que pressiona pelo congelamento de ativos dos cidadãos russos que tenham alguma ligação com o presidente Vladimir Putin, além de serem donos de alto patrimônio na Inglaterra, como é o caso do russo.
Caso a sanção britânica se concretize, o empresário não poderia mais vender o Chelsea ou investir recursos, o que seria fatal para um clube de ponta como o seu.
Abramovich comprou o Chelsea em 2003 por 140 milhões de libras. Documentos recentes mostram que o clube tem uma dívida de 1,514 bilhão de libras, o equivalente a R$ 10,4 bilhões, em empréstimos por meio da empresa-mãe Fordstam Limited, controlada pelo próprio empresário.
O magnata suíço Hansjoerg Wyss declarou que Abramovich entrou em contato com as partes interessadas, na terça-feira (1), para sondar um potencial interesse.
“Abramovich está atualmente tentando vender todas as suas vilas na Inglaterra. Ele também quer se livrar do Chelsea rapidamente. Eu, junto com outras três pessoas, recebi uma oferta na terça-feira para comprar o clube”, afirmou Wyss, em entrevista publicada pelo jornal suíço Blick nesta quarta-feira (2).
Fontes informaram James Olley, da ESPN, que o empresário russo avaliou o Chelsea em 3 bilhões de libras (R$ 20,6 bilhões) a potenciais compradores.
“Abramovich está pedindo demais no momento. Você sabe: o Chelsea deve a ele 2 bilhões de libras. Mas o Chelsea não tem dinheiro. Ou seja: aqueles que compram o Chelsea devem compensar Abramovich”, acrescentou Wyss.
Abramovich negocia com homem mais rico da Grã-Bretanha
O homem mais rico da Grã-Bretanha, Sir Jim Ratcliffe, já havia mantido conversas iniciais com Abramovich a respeito de uma possível compra.
O irmão de Ratcliffe, Bob, que dirige a divisão de futebol de sua empresa, afirmou à BBC que “estavam muito distantes nas avaliações”.