A Fifa frustrou os planos do atacante Neymar, que está em campanha pela reeleição de Jair Bolsonaro (PL). Durante live de apoio ao atual presidente, no sábado (22), o camisa 10 da seleção brasileira prometeu fazer o símbolo 22, em referência ao número do candidato, na comemoração do seu primeiro gol da Copa do Mundo do Catar.
Porém, o gesto é proibido pelas regras da Fifa para o Mundial. A entidade que comanda o futebol mundial não permite manifestações políticas durante as partidas, exceto em defesa dos direitos humanos.
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Neymar, que está sendo julgado por corrupção na Espanha, por ações durante sua transferência do Santos para o Barcelona em 2013, declarou na live que seria maravilhoso se Bolsonaro fosse reeleito e o Brasil conquistasse o título da Copa, segundo a coluna de Rodrigo Mattos, no UOL.
Durante depoimento ao tribunal de Barcelona, no dia 8 de outubro, Neymar declarou que assinava os documentos apresentados por seu pai. O jogador respondia sobre supostas irregularidades na polêmica transferência do Santos para o Barcelona em 2013.
"Eu assino o que ele pede", afirmou Neymar, em uma breve declaração.
O jogador disse que não se lembrava se intercedeu nos contatos com o Barcelona para sua transferência. Sobre as negociações de contratos, ele afirmou: "Meu pai sempre cuidou de tudo, sempre foi responsável por isso”.
Além de Neymar, seus pais, os ex-presidentes do Barcelona Sandro Rosell e Josep Maria Bartomeu e o ex-presidente do Santos Odílio Rodrigues Filho também são processados, assim como três pessoas jurídicas: Barcelona, Santos e a empresa fundada pelos pais do jogador para administrar sua carreira.
Dois anos de prisão
O Ministério Público pede para Neymar, acusado de corrupção empresarial, dois anos de prisão e o pagamento de multa de 10 milhões de euros (cerca de R$ 52 milhões).
O fundo de investimentos DIS, que possuía parte dos direitos econômicos do atacante quando ele era uma jovem promessa, acusa a todos pela suposta ocultação do valor real de sua transferência para o Barça em 2013.
O Barcelona anunciou em um primeiro momento que a contratação de Neymar custou 57,1 milhões de euros (40 milhões para a família e 17,1 para o Santos), mas a justiça espanhola calculou que a operação custou ao menos 83 milhões de euros (R$ 431 milhões, na cotação atual).