A Polícia Civil do Rio de Janeiro indiciou o jogador Ramírez, do Bahia, por prática de injúria racial contra Gérson, meia do Flamengo. O episódio aconteceu durante partida entre as duas equipes no dia 20 de dezembro de 2020, no Maracanã, no Rio. No dia da partida, Gérson disse que, durante o jogo, foi falar com o atleta do time adversário, que teria respondido: “Cala a boca, negro”.
O inquérito conduzido pela Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância concluiu que a acusação feita pelo meia do rubro-negro é verdadeira. No inquérito, foram ouvidos, além de Ramírez e Gérson, outras testemunhas que estavam na partida, como os atletas Natan e Bruno Henrique, do Flamengo, e o ex-treinador do Bahia Mano Menezes. Além disso, foram analisadas imagens da partida, que, na visão da polícia, comprovam a indignação imediata de Gerson ao ouvir a ofensa racial.
Ramírez, que é colombiano, tem alegado que não foi compreendido em sua fala por ter dificuldades com a língua portuguesa. À polícia, ele afirma que disse “joga rápido, irmão”.
Agora, o inquérito será enviado ao Ministério Público, que vai avaliar se oferece denúncia à Justiça.
STJD
O caso também está sendo apurado pelo STJD do futebol. Ramírez e Mano foram ouvidos por videoconferência. No entanto, Gérson, Bruno Henrique e Natan não compareceram ao depoimento marcado, por causa da partida desta quinta-feira (4) do Flamengo contra o Vasco. O auditor Mauricio Neves Fonseca, contudo, concluiu a fase de ouvir testemunhas mesmo sem o depoimento dos três atletas.
Se a conclusão do inquérito é que ficou provada a denúncia, Ramírez pode ser denunciado por prática de conduta discriminatória prevista no artigo 243-G do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD).
Com informações da CNN Brasil
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