Japão insiste na realização dos Jogos Olímpicos com novo protocolo de saúde

Organizadores apresentaram medidas para evitar que o evento, adiado para 2021, aconteça mesmo se não houver vacina disponível, e não acabe sendo cancelado ou realizado sem a presença de público

Estádio construído para os Jogos de Tóquio 2020 (foto: divulgação)
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A ministra dos Esportes do Japão, Seiko Hashimoto, declarou nesta quarta-feira (9) que o país pretende realizar as Olimpíadas e as Paraolimpíadas em 2021 “custe o que custar”.

A frase da ministra surgiu em meio à apresentação de um novo protocolo de saúde apresentado pelos organizadores dos eventos. Com uma série de medidas de segurança, os japoneses pretendem convencer a comunidade internacional a aceitar a realização dos Jogos, e com presença de públicos, até mesmo no caso de que uma vacina contra o coronavírus ainda não estar disponível.

O diretor executivo dos Jogos de Tóquio, Toshiro Muto, reforçou a ideia, dizendo que “a vacina não é uma exigência. Claro que se vier seria ótimo, mas se você me perguntar se é uma condição para a realização do evento, eu lhe diria que não”.

O principal temor dos organizadores é que o evento, marcado inicialmente para este 2020 e que já foi adiado para 2021, acabe sendo cancelado ou realizado sem a presença de público.

Já a ministra Hashimoto, uma ex-patinadora japonesa, argumenta que “as pessoas esperam que o evento aconteça, os fãs de esporte e os atletas de todos os países, que se preparam durante anos para este momento. Não vamos decepcioná-los”.

Por enquanto, a posição do Japão é apoiada pelo COI (Comitê Olímpico Internacional). O vice-presidente da entidade, John Coates, garantiu que as Olimpíadas e Paraolimpíadas acontecerão em 2021 “com ou sem pandemia, com ou sem vacina”.

No entanto, as federações dos diferentes esportes envolvidos nos Jogos têm diferentes posturas com relação ao tema, e algumas não estão dispostas a participar caso considerem que haverá risco para a saúde dos ateltas.