A passagem do meia-atacante Leonardo Valencia pelo Colo-Colo acabou sendo muito mais curta do que o esperado.
O jogador, com passagem pelo Botafogo entre 2017 e 2019, foi contratado no meio do ano, em meio à pandemia do coronavírus, e antes mesmo de estrear já se viu envolvido em um caso de violência de gênero: em julho, Valeria Pérez, sua ex-companheira e mãe dos seus três filhos, o denunciou por agressões e ameaças de morte que teria sofrido.
O caso se tornou público e causou constrangimento no clube, cuja postura de só reagir “caso exista uma condenação da Justiça a respeito”.
Aquela reação inicial do Colo-Colo causou revolta na torcida Garra Blanca Femenina, composta por mulheres torcedoras. Elas lançaram nas redes sociais a campanha #ValeYoTeCreo (“eu acredito em você, Valeria”) e exigiram que o atleta fosse mandado embora do clube.
No entanto, Valencia acabou disputando as duas primeiras partidas após o retorno do Campeonato Chileno: derrota de 3x2 para o Wanderers de Valparaíso e empate em 1x1 no clássico com a Universidad de Chile.
Mas as torcedoras não desistiram, e reforçaram a pressão com dois atos nesta semana em frente à sede do clube, e com novas campanhas nas redes sociais, que finalmente convenceram o clube a afastar o atleta.
O presidente do Colo-Colo, Anibal Mosa, admitiu que o Valencia não jogará mais pelo clube, mas que estão negociando uma forma de se desprender dele sem ter que pagar a multa rescisória de 600 mil dólares.