Caio defende Neymar e leva invertida de comentarista: “O risco não é só dele, é da sociedade”

Ex-jogador pediu cautela nas críticas sobre a festa de Réveillon do craque do PSG e foi contestado por Marco Antônio Rodrigues, o Bodão, durante o “Bem, Amigos”

“Se ele (Neymar) quer fazer alguma festa ou se vai para alguma festa, o risco é dele”, disse Caio - Fotos: Reprodução/SporTV
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Conhecido por suas opiniões, no mínimo, conservadoras, o comentarista e ex-jogador Caio Ribeiro defendeu Neymar, que está promovendo uma festa de Réveillon para 150 pessoas em sua mansão, em Mangaratiba, Rio de Janeiro, em plena pandemia de coronavírus.

O também comentarista Marco Antônio Rodrigues, conhecido como Bodão, discordou da posição do colega e enquadrou o ex-jogador. O caso ocorreu durante o programa “Bem, Amigos”, exibido pelo SporTV, nesta segunda-feira (28), de acordo com informações do UOL.

Caio pediu cautela e disse que “o risco é do jogador”, que atua no Paris Saint-Germain (PSG).

“Eu sempre sou um pouquinho mais prudente na hora de analisar essas coisas. Eu espero que ele se pronuncie, que venha a público e desminta. O que eu posso controlar é a minha família e o meu ambiente. A minha família, eu protejo de melhor maneira que eu puder. Se ele quer fazer alguma festa ou se vai para alguma festa, o risco é dele, e ele vai arcar com as consequências”, afirmou o ex-jogador.

Bodão retrucou: “Só queria dizer para o Caio que quem vai para uma aglomeração dessa, o risco não é só dele, não. O risco é de todo mundo que vai conviver com ele, porque a pessoa passa a ser um transmissor da doença. Com a transmissão que está tendo, todo sujeito que tem contato desse tipo, em aglomeração, ele passa a colocar em risco as outras pessoas. O risco não é só dele, é da sociedade”, destacou.

O comentarista Marco Antônio Rodrigues, o Bodão, discordou de Caio Ribeiro

Caio, evasivo, tentou remendar o que havia dito: “Bodão, não precisa falar para mim, porque eu penso da mesma maneira. Inclusive, de todos aqui, eu fui o único que tive Covid, e sei o estrago que faz essa doença, a forma com que você tem que se precaver dela e os cuidados que você vai tomar. Eu só acho que eu prefiro esperar. Quando vem uma notícia de que ele não está fazendo a festa, vamos esperar para ver se é verdade ou não”, insistiu o ex-jogador, apesar de todos os indícios confirmando a festa de Neymar.

Casagrande

Caio tem antecedentes. Em maio de 2020, também no “Bem, Amigos”, Casagrande rebateu, de maneira contundente, declarações do comentarista, que havia discordado de Raí.

O diretor de futebol do São Paulo e também ex-jogador tinha feito fortes críticas ao governo brasileiro e ao presidente Jair Bolsonaro, citando que ele deveria pedir renúncia “por estar no limite da irresponsabilidade”. 

Poucas horas depois, Caio repreendeu os comentários e afirmou que não gostou do posicionamento de Raí, pois “ele tem que falar de esporte e não de política”. 

“Em seguida, Casagrande retrucou. “Eu discordo quando você fala que o Raí só tem que falar de futebol, que não pode falar de política. Isso é antidemocrático. Ninguém pode censurar o que o outro está falando. Foge da democracia. […] Então, você tem que ser mais claro, porque, nesses anos todos, não é a primeira vez que você tem que vir no ‘Bem, Amigos’ explicar uma declaração porque você não é claro”, disse Casão.

Robinho

Depois disso, em outubro, Caio provocou uma “avalanche” de críticas nas redes sociais ao tratar a condenação por estupro do atacante Robinho como “assunto superdelicado” e dizer que o atleta, que teve o contrato rompido com o Santos, “merece o benefício da dúvida”, durante comentário sobre o assunto no programa Tá na Área, também do SporTV.