A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda projetou uma desaceleração na economia brasileira em 2024, com crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) estimado em 2,3%, abaixo dos 3,4% registrados em 2023.
"Após aceleração da atividade no primeiro trimestre na margem, o PIB tende a desacelerar, ficando próximo da estabilidade no segundo semestre. Por setor produtivo, projeta-se expansão de 6% para o setor agropecuário, de 2,2% para a indústria e de 1,9% para o setor de serviços [em 2025]. Para os anos seguintes, projeta-se crescimento próximo a 2,5%", informou o Ministério da Fazenda.
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Além disso, a SPE estima que a inflação deve superar a meta estabelecida, com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) previsto para fechar o ano em 4,9%, acima da projeção anterior de 4,8%.
Para 2026, a expectativa é que a inflação atinja 3,5%, também acima da meta central de 3% perseguida pelo Banco Central, que tem uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual.
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O órgão atribuiu as revisões inflacionárias a ajustes marginais no cenário econômico, com desaceleração nos preços dos alimentos, estabilidade nos serviços e aumento nos preços de bens industriais.
Medidas governamentais, como a redução de tarifas de importação para produtos alimentícios e a desvalorização do dólar frente ao real, podem contribuir para melhorar as projeções. O dólar acumula queda de 8% em 2024, cotado a R$5,68.
A desaceleração econômica reflete a política monetária restritiva do Banco Central, com a taxa Selic em 13,25% ao ano, podendo subir para 14,25% nesta quarta-feira (19).