O Banco Central do Brasil (BCB) divulgou nesta segunda-feira (17) o Índice de Atividade Econômica (IBC-BR), considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB), que revela que a economia brasileira, sob o governo Lula, está decolando após anos de estagnação depois do golpe contra Dilma Rousseff, em 2016.
Caso o IBC-BR se concretize nos dados sobre o crescimento da economia em 2024, que serão fechados em março, o PIB superou as projeções do mercado - de 3,5%, divulgada em dezembro - e até do governo, que projetou uma alta de 3,3% em novembro, na última estimativa divulgada pelo Ministério da Fazenda, de Fernando Haddad.
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Em dezembro, a pasta chegou a soltar nota afirmando que o aumento de 0,9% do PIB no terceiro trimestre "deverá levar à revisão para cima da estimativa para o PIB brasileiro de 2024, atualmente em 3,3%", sem uma nova estimativa numérica.
No início de 2024, a projeção do mercado financeiro era de uma expansão de 1,6% para o PIB durante o ano.
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Nesta segunda, o BC divulgou que a atividade econômica do país cresceu 3,8% em 2024, no índice que é considerado a prévia do PIB.
Boletim Focus
O Boletim Focus, publicado pelo Banco Central nesta segunda-feira, revelou um cenário de ajustes nas projeções do mercado financeiro para a economia brasileira, mesmo após o recuo histórico da inflação em janeiro.
O relatório, baseado em entrevistas com especialistas ligados à Faria Lima, elevou a expectativa para o IPCA de 5,58% para 5,60% em 2025, mantendo a trajetória de alta pelo 18º ajuste consecutivo.
O movimento ocorre uma semana após o IBGE divulgar o menor IPCA para um janeiro desde 1994: 0,16%. O resultado, porém, não foi suficiente para alterar o tom do mercado, que mantém projeções bem acima do centro da meta (3%) para 2025.
A previsão para o crescimento do PIB em 2025, no entanto, foi reduzida de 2,03% para 2,01%, consolidando o ceticismo dos financistas em relação ao ritmo da atividade econômica sob o governo Lula.
Os dados mostram estabilidade nas projeções para a taxa básica de juros (Selic) e câmbio, mantidas em 15% ao ano e R$ 5,06 por dólar, respectivamente.
O IGP-M, índice amplo de preços, permaneceu em 5,03%, enquanto o IPCA Administrados seguiu em 4,50%. Na semana anterior, o Focus já havia indicado desconfiança com 2025, elevando a inflação prevista para 5,58% (ante 5,51%) e reduzindo o PIB de 2,06% para 2,03%.