Nesta quarta-feira (13), a Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda (SPE) divulgou a estimativa para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro no ano de 2025. A estimativa está 0,2 pontos percentuais abaixo da última projeção divulgada, afirma a Agência Brasil, e é, agora, de 2,3% (antes, era de 2,5%).
A mudança decorre, de acordo com informações do Ministério da Fazenda, de alterações recentes na política da taxa de juros — que subiu o equivalente a 1 ponto percentual nas três últimas mudanças, e agora está em 13,25% —, de uma desaceleração da atividade econômica, desde o 4° trimestre de 2024, e do "cenário conjuntural externo" — marcado pela 'política de taxações' que tem sido estimulada por Donald Trump, o presidente dos Estados Unidos.
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De acordo com Raquel Nadal, subsecretária de Política Macroeconômica, a projeção foi reduzida, em parte, pelo que se está vendo na política monetária, e em parte pela "desaceleração mais acentuada da atividade [industrial] no quarto trimestre de 2024".
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O efeito externo, motivado pela política trumpista, foi evidenciado por Guilherme Mello, secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, que diz ainda ser cedo para projetar os "impactos da política comercial" de Trump no crescimento brasileiro.
Apesar disso, consequências setoriais já estão sendo sentidas, a exemplo das taxas incididas sobre o setor de mineração — o aço e o alumínio foram taxados em 25% nas exportações para os EUA, de que o Brasil é o maior fornecedor, e que correspondeu, em 2024, a cerca de US$ 4,67 bilhões na pauta exportadora rumo ao mercado norte-americano.
Nesta sexta-feira (14), o presidente Lula afirmou que, caso as taxações sigam em frente, o governo brasileiro deve "reagir comercialmente" de forma proporcional, ou denunciar a iniciativa na Organização Mundial do Comércio (OMC).
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