A Índia liderará o crescimento entre os países que fazem parte dos BRICS em 2025, com expansão do PIB na ordem de 6,5%, segundo o World Economic Outlook (WEO) do Fundo Monetário Internacional (FMI), publicado nesta semana.
O desempenho, considerado "sólido" pelo organismo, supera projeções para outras economias do grupo, como China (4,6%), Rússia (1,4%) e África do Sul (1,5%), e mantém o país como destaque em meio a um cenário global marcado por "incertezas políticas" e "riscos protecionistas".
O relatório destaca que a trajetória indiana está "alinhada com seu potencial", mesmo após uma desaceleração "mais acentuada que o esperado" na atividade industrial em 2024.
Para o FMI, a resistência reflete uma combinação entre demanda interna e políticas que evitam os "desafios estruturais" enfrentados por outras nações emergentes.
Em contraste com a estagnação de economias avançadas, como a zona do euro (1,0% em 2025), o texto aponta que a Índia mantém "perspectivas estáveis" diante de um contexto global frágil.
O FMI alerta, porém, para riscos como a "incerteza comercial" e políticas protecionistas, em especial com o novo governo dos EUA sob liderança de Donald Trump, que podem "reduzir investimentos" e "distorcer fluxos globais".
Ainda assim, o país é visto como menos exposto a choques externos em comparação a parceiros dependentes de commodities, como Brasil (2,2%) e Rússia (1,4%).
Veja as projeções do FMI para os BRICS (2025):
- Índia: 6,5%
- Indonésia: 5,1%
- China: 4,6%
- Egito: 3,6%
- Irã: 3,1%
- Arábia Saudita: 3%
- Brasil: 2,2%
- África do Sul: 1,5%
- Rússia: 1,4%
Emirados Árabes Unidos e Etiópia não constam no relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI).