Segundo levantamento do Dieese, 85% dos acordos e convenções coletivas analisados em 2024 garantiram reajustes acima da variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), utilizado para medir o custo de vida no Brasil.
É o melhor resultado anual desde 2018, quando o instituto passou a analisar todos os reajustes salariais registrados no Mediador, base de dados do Ministério do Trabalho e Emprego.
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Outros 11,4% das negociações asseguraram índices iguais à inflação, enquanto apenas 3,6% ficaram abaixo do INPC.
O escalonamento dos reajustes, pagos em valores diferentes conforme faixa salarial ou tamanho de empresa, foi observado em 14,3% dos casos em 2024, o segundo menor percentual no período, acima somente do registrado em 2018.
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Somente 1,3% dos reajustes de 2024 foram pagos em duas ou mais parcelas. O índice também é o menor desde 2019. Em termos de comparação, em 2021, foram 17% o total de acordos parcelados.
Reajustes por setores econômicos
Quanto à distribuição dos reajustes em relação à variação do INPC, conforme os setores econômicos, foram poucas as diferenças, conforme a análise do Dieese.
Foram observados ganhos acima da inflação em 85% das negociações de cada setor, com exceção do comércio, onde ele alcançou 81,5% dos casos. Os percentuais de negociações com perdas reais variaram entre 2,8%, no comércio, a 5,1%, no setor rural.
Em relação às regiões geográficas, com exceção do Nordeste, que registrou ganhos reais em 79,4% das negociações, as demais registraram aumentos acima da inflação em aproximadamente 85% dos reajustes.
O Sudeste teve ganhos reais em 87,6% dos acordos, e o Sul, contou com reajustes abaixo da inflação em apenas 2,3% das negociações.