RECEITA FEDERAL

Fake news do imposto no Pix faz movimentações despencarem

Banco Central está preocupado com impacto da desinformação no uso da ferramenta

Créditos: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Escrito en ECONOMIA el

O sistema de pagamentos instantâneos Pix, lançado pelo Banco Central em novembro de 2020, registrou em janeiro uma expressiva queda no volume de transações, a maior desde sua implementação.

Entre os dias 4 e 10 deste mês, foram realizadas 1,250 bilhão de operações, uma retração de 10,9% em relação ao mesmo período de dezembro, segundo levantamento do jornal O Globo com base em dados do Sistema de Pagamentos Instantâneos (SPI).

O motivo é claro: desde o início do mês, uma notícia falsa de que o governo iria taxar as transações via Pix ou espionar a movimentação financeira de pequenos comerciantes se espalhou nas redes, promovida por figuras como Nikolas Ferreira (PL) e o próprio ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Desde 1º de janeiro, uma nova norma exige que instituições de pagamento e bancos digitais reportem transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas e R$ 15 mil por empresas. Antes, essa obrigação era exclusiva de grandes bancos. A Receita Federal afirma que a medida tem como objetivo combater grandes esquemas de sonegação, fraudes e lavagem de dinheiro, sem impactar pequenos negócios ou trabalhadores autônomos.

A nova regulamentação, que apenas verifica sonegação de impostos e lavagem de dinheiro, acabou se tornando o grande ponto de ataque da extrema direita contra o governo federal em 2025.

Ainda de acordo com O Globo, o Banco Central está preocupado com a situação, mas não se pronunciou oficialmente sobre o tema.

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