INDÚSTRIA

Efeito Lula: Brasil reconquista posto entre os maiores produtores de veículos no mundo

Com um aumento de 9,7% em relação a 2023, o Brasil desbanca a Espanha e volta à sua posição no ranking de produtores de veículos

Indústria.Créditos: Pixabay
Escrito en ECONOMIA el

Em 2024, os resultados da produção da indústria brasileira de veículos posicionaram novamente o Brasil na oitava posição entre os produtores mundiais.

Foram produzidos 2,574 milhões de veículos no ano passado, um aumento de 9,7% em relação a 2023, de acordo com a Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). 

Agora, o Brasil desbanca a Espanha, que ocupou o 8° lugar mundial de produção em 2023, e se posiciona diretamente atrás da Alemanha (com 4,1 milhões de unidades produzidas em 2024). 

O primeiro lugar geral é da China, com 31,1 milhões de veículos produzidos, e o segundo, dos EUA, com 11,9 milhões. 

Em termos de consumo, no entanto, o Brasil está duas posições à frente (ocupa o sexto lugar mundial). Foram 2,63 milhões de unidades de veículos novos vendidos no país em 2024, um aumento de 14,1% em relação ao mesmo período de 2023 — com uma participação maior, também, para os veículos importados. 

De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), houve um crescimento de 107,7% nas importações de carros elétricos e de 85,4% na importação de carros híbridos no ano passado. 

Para este ano, a Anfea projeta um crescimento de até 7,8% na produção nacional de veículos (estimada em cerca de 2,749 milhões de unidades), com o marco de 3 milhões aguardado para 2026. 

De acordo com Márcio Lima Leite, presidente da Anfea, se não fossem a alta do dólar e o aumento da taxa de juros, "o Brasil estaria no patamar de 3 milhões de unidades vendidas". 

A indústria de produção está no processo de recuperação de seus níveis pré-pandêmicos, e enfrenta também um cenário de alta concorrência externa, com o crescimento robusto das importações. 

“Estamos vendo um crescimento em velocidade muito grande das importações. Outros países têm estabelecido uma política de proteção aos seus mercados, o Brasil não tem nenhuma política de proteção. Temos, na verdade, uma redução temporária da alíquota do imposto de importação, que está sendo recomposta”, prossegue Leite.

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