CARROS ELÉTRICOS

Efeito Lula: WEG vai investir R$ 1,8 bilhão na indústria brasileira de veículos elétricos

Investimento é mais uma das parcerias público-privadas do programa Nova Indústria Brasil (NIB)

Veículos elétricos.Créditos: Pixabay
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A WEG, multinacional brasileira pioneira na produção de motores, geradores e transformadores movidos a energia elétrica renovável, anunciou um novo ciclo de investimentos de R$ 1,8 bilhão destinado à produção de baterias para veículos elétricos no Brasil. 

O setor de veículos elétricos tem crescido com rapidez no mundo e no Brasil: de 2023 para 2024, houve um crescimento de até 2,8 pontos percentuais na parcela do mercado brasileiro destinada aos carros elétricos — que, até maio deste ano, era de 3,2%.

A maior fabricante continua a ser a multinacional chinesa BYD, com 80,90% de participação no mercado brasileiro, seguida pela GWM e a Volvo, que ocupam o segundo e o terceiro lugar, respectivamente.

O investimento da WEG é mais uma das parcerias público-privadas estimuladas como parte do programa Nova Indústria Brasil (NIB), de 2023, que atua com investimentos sobre diversas frentes de infraestrutura industrial para modernizar e avançar o parque industrial brasileiro até 2033. 

Pelo menos 75% dos investimentos do NIB devem ser provenientes de capital privado.

Com sede em Santa Catarina, a estratégia da WEG no Brasil está voltada para as reservas nacionais de lítio, utilizadas na produção de suas baterias automobilísticas — embora a maior parte dos recursos industriais ainda sejam fruto de importação. 

A proposta dos novos investimentos em solo nacional é fortalecer a cadeia de valor no mercado interno e, simultaneamente, estimular a transição energética no Brasil, que é também um dos principais focos do NIB para a indústria nacional. 

A diminuição da dependência de carvão e outros combustíveis fósseis deve tornar o Brasil referência mundial em tecnologias de baixa emissão de carbono.

Atualmente, o Brasil é o segundo maior produtor e consumidor mundial de biodiesel e, de acordo com a Agência Internacional de Energia (AIE), deve ser responsável por 40% do crescimento da oferta de biocombustíveis até 2028.

A produção brasileira de biocombustíveis atingiu seu marco histórico no ano passado — foram mais de 7,5 bilhões de litros de biodiesel, além de 35,4 bilhões de litros de etanol, que teve uma alta de 15,5% em relação aos anos anteriores.

A WEG já havia anunciado, em setembro deste ano, um investimento de R$ 670 milhões em processos de verticalização industrial no México e no Brasil, ao longo de um período de cinco anos.

O orçamento será destinado à expansão de fábricas, aquisição de maquinário e modernização industrial nos dois países. 

No Brasil, os parques fabris contemplados pelo investimento são os de Itajaí (expandindo a produção de fios para atender à demanda nacional de transformadores) e Guaramirim (com investimentos em prédios de fundição), ambos localizados no estado de Santa Catarina.