EMPREGO E RENDA

Estes são os cursos superiores que menos empregam no Brasil

Pesquisa realizada com mais de 5 mil ex-alunos mostra os cursos de graduação com as menores e maiores taxas de empregabilidade — cursos nas áreas de saúde e tecnologia têm melhor desempenho

Estudante.Créditos: Agência Brasil
Escrito en ECONOMIA el

Uma pesquisa do Instituto Semespe entrevistou 5.681 formados em cursos de graduação nas redes pública e privada de todos os estados brasileiros e determinou os cursos com as maiores e menores taxas de empregabilidade. 

Realizada entre agosto e setembro deste ano, a pesquisa traz no topo, como graduações com maior dificuldade de penetração no mercado de trabalho, os cursos de História (que tinha 31,6% de desempregados dentro da amostra considerada), Relações Internacionais (29,4%) e Serviço social (28,6%). A seguir vêm cursos como Radiologia, Enfermagem e Química; mas a diferença em relação ao top 3 não é considerável: a porcentagem de desempregados diminui em cerca 2 pontos percentuais, o que indica uma diferença pequena entre o nível de desemprego para os "piores cursos".

Já entre os cursos que mais empregam estão Medicina (92%), Farmácia (80%) e Odontologia (78,8%). Cursos da área de tecnologia vêm a seguir, como Gestão de TI e Ciência da computação. Os salários seguem na linha das áreas mais bem-sucedidas, sendo maiores nas áreas de saúde e tecnologia. 

E, de acordo com o Instituto, egressos formados em cursos presenciais costumam receber 22,9% a mais do que egressos de cursos a distância (EAD). A média salarial entre os formados que exercem atividade remunerada varia de R$4.494 (para aqueles que trabalham na área de formação) e  R$3.422 (para aqueles que exercem atividades não-relacionadas à formação). Isto é, trabalhar na sua própria área pode significar remunerações potencialmente mais altas que o contrário. 

Estatísticas decepcionantes

Um levantamento de 2018 realizado pela Geofusion a partir de dados do Ministério da Educação e do Trabalho mostrava, ainda, que apenas um em cada 10 graduados no Brasil ocupava uma vaga equivalente ao seu nível de capacitação quando em regime CLT. 

Em 2022, os cursos com maior número de ingressantes no país, de acordo com o Censo do Ensino Superior do INEP, eram Pedagogia, Direito e Administração — no entanto, de 67 mil graduados nesses cursos, apenas 9 mil ocupavam cargos de nível superior.