Em Nova York (EUA), neste domingo (22), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, descartou que o cenário de queimadas e a situação fiscal do Brasil estejam afastando investidores estrangeiros. Segundo ele, o capital especulativo pode ser afetado, mas os investimentos de longo prazo, essenciais para o crescimento do país, continuam a fluir.
"O capital que planeja investir por 15, 20, 30 anos no Brasil não é influenciado por esse tipo de ocorrência. Temos que cuidar, independentemente de qualquer coisa", afirmou Haddad.
O ministro conversou com jornalistas brasileiros em frente ao hotel onde está hospedado. Ele destacou que os investidores internacionais têm uma visão de médio e longo prazo sobre o país, o que explica o aumento contínuo de investimentos, apesar de episódios recentes, como a alta de juros.
Atualmente a taxa de juros básica do país, a Selic, está em 10,75% ao ano, após Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidir, por unanimidade, no último dia 18 de setembro, elevar os juros que até então estavam em 10,50%. Foi o primeiro aumento dos juros desde o início do Governo Lula 3. A inflação acumulada nos últimos 12 meses está em 4,24%.
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Durante a viagem aos Estados Unidos, onde participa da Assembleia-Geral das Nações Unidas ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e outros ministros, Haddad irá se reunir com autoridades e empresários para captar novos investimentos, especialmente em projetos de transformação ecológica.
Além disso, o ministro garantiu que o governo federal apoiará os estados afetados pelos incêndios, assim como fez no Rio Grande do Sul após as enchentes recentes, reforçando a necessidade de cooperação entre governos estaduais e municipais.
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