O ministro de Minas e Energia Alexandre Silveira descartou a chance de uma crise energética em 2024 e sobre a possibilidade da volta do horário de verão.
Nesta semana, o ministro afirmou que esperava que o governo reinstitucionalizasse o horário de verão até o início de outubro, mas a possibilidade foi prorrogada para depois das eleições.
Silveira garantiu que o sistema energético nacional não sofrerá com uma crise, mas afirma que a medida do horário de verão ainda é possível para reduzir danos ao sistema.
“Não temos chance de crise energética este ano, mas devemos cuidar para que não tenhamos nenhum evento pontual em especial nos horários de ponta. A nossa missão é equilibrar segurança energética com modicidade tarifária, ou seja, menores tarifas para o consumidor. Se energia é vida, energia mais barata é sinônimo de renda, emprego e desenvolvimento nacional”, disse Silveira.
A declaração foi dada durante o 296º Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico, no Rio de Janeiro. O evento reuniu os principais órgãos do setor elétrico nacional para discutir o tema.
A motivação da tomada de decisão é a seca, que reduz a capacidade das hidrelétricas e aumenta o uso de termelétricas, um tipo de energia caro e incompatível com a transição energética.
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) apresentou estudos destacando os impactos positivos do horário de verão e, segundo o relatório, a adoção do horário poderia gerar uma economia de até 2,5 GW no uso de termelétricas no horário de pico.
O que diz o TSE
A ideia de reconsiderar o horário de verão surgiu após um pedido da ministra Cármen Lúcia, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A ministra expressou preocupações sobre como a mudança poderia afetar os preparativos eleitorais, incluindo confusões sobre fuso-horário.
A decisão foi corroborado pelo governo, que deve adotar o retorno do horário de verão depois das eleições municipais, que se encerram com o segundo turno, marcado para 27 de outubro de 2024.